quarta-feira, dezembro 30, 2009

2009/10

Amanha termina 2009.

Termina esta década sem nome.



Em todo o lado se diz que estes últimos anos foram os de maior mudança. Decisivos, inovadores, diferentes. "A década que virou o mundo ao contrário!"



Há quem diga que agora é que vão começar as verdadeiras mudanças. Praticamente o fim do mundo! Porque não estamos preparados para o que aí vem, a Era de não sei que singno!



Amanha termina 2009.

Não me escapo do balanço dos últimos 12 meses. Resumo com um desejo, em tom de declaração: "se 2010 for tão bom como este último, não estamos nada mal!"



Foi um ano tão completo!

Viajei bastante. Conheci este mundo e o outro, do outro lado.

Ri muito, muito. Chorei o quanto baste, para manter o equilíbrio!

Experimentei tantas coisas novas, a tantos níveis, que me pareceu que vivi mais que 365 dias!



Foi um ano de conhecimento: lugares, pessoas, vivências, matérias! Tudo novo! Tudo a preencher-me de sabedoria, de um fôlego totalmente renovado!



Foi um ano maravilhoso!

E 2010 fica muito a perder com isso, porque vai ter de fazer muito para exceder as expectativas. Vai ter de fazer? Ou vou ter de fazer? Eu vou, e vou conseguir superar-me neste ano que aí vem! Talvez um ano ainda mais decisivo. Talvez um ano ainda mais dificil. Mas não um nao de impossíveis!



Feliz 2010! Um grande em grande que vem aí!!

domingo, dezembro 27, 2009

Se soubesse o que sei hoje!


- Ainda ontem íamos para Lloret... E hoje já estamos a pensar em maneiras de segurar os nossos filhos de uma vida precoce!


- É a vida! O tempo não pára...

E desde que não tenhamos muitos "se eu soubesse o que sei hoje!", a vida não vai nada mal...


Eu tenho alguns, que preferia não ter (claro!)... Mas lido bem com isso!


Admiti-lo significa que já é tarde demais.

Admiti-lo é quase como ter consciencia que perdemos e já não há volta a dar!


E se eu soubesse o que sei hoje? O que faria? Muita coisa diferente?

Mas afinal não sou hoje fruto de tudo aquilo que fiz? Tudo aquilo que fiz e que se calhar não voltaria a fazer?


Se soubesse o que sei hoje talvez não tivesse dito Adeus, talvez tivesse dito Até Já

Mas e tudo o que vivi por ter dito Adeus? Não teria sido igual... E já fui tão feliz depois disso. Teria sido infeliz se tivesse dito Até já?

Acho que nunca saberei...


Se soubesse o que sei hoje talvez tivesse dado mais atenção a outras coisas, a outras pessoas.

Teria sido eu melhor pessoa por isso?

E se, pelo contrario, tivesse dado mais atençao a mim mesma, se soubesse o que sei hoje?


Tinha feito coisas diferentes? Sim, se calhar tinha.

Mas não tinha vivido como vivi.

E chegaria ao dia e hoje e diria: "Ai... Se eu soubesse o que sei hoje!"


Não podemos voltar atrás. Não podemos adivinhar o futuro e ter acesso as opçoes antes de tomarmos os caminhos. Nunca saberemos se fizemos as escolhas certas.

Só temos de viver! Com o minimo de arrependimentos, de magoa!

Vamos ser felizes sem pensar que seria diferente se soubessemos o que sabemos hoje...

terça-feira, dezembro 22, 2009

Mas a culpa é tua, Tatiana!


Quem é que te disse que todos os amigos são amigos para sempre?

Porque é que te convenceste que confiando uma vez, podias confiar outra e outras vezes?

Não aprendeste nada na vida? Não sofreste ja o suficiente com os outros?

Lá porque alguem foi teu amigo antes, não quer dizer que vá ser teu amigo mais tarde... Já devias saber isso! Já não devias ficar triste... Já não devias andar atrás e desiludir-te cada vez que dizes Olá!

Porque é que continuas a fazer isso? Deves ter um quê de masoquista...


Não percebo... Há tanta gente neste mundo! Há tanta gente que gosta de ti! Porquê andar preocupada com aqueles que nada fazem por ti?

Tens de ser egoista! Olhar para ti mais um bocadinho.

Não te desiludas quando não te respondem a uma mensagem! Não insistas em falar com alguem que não se esforça para falar contigo!

Não vale a pena!

Há pessoas que já não valem a pena!


Desiste deles e delas! Não de ti...

domingo, dezembro 13, 2009

Um olhar e um beijo

Pensei que o teu olhar me tinha engando.


Pensei que o meu olhar te tinha enganado.


Mas afinal olhámos sinceros.


Afinal fomos transparentes.


Quando fugimos o olhar.


Quando sorrimos com os olhos.


E transmitimos o quê?


E dissemos o quê?


Nada! Quase nada!


Tudo num toque.


Tudo num beijo.


Aquele nosso primeiro.


Aquele que decidiu mais.


Pioneiro de um tempo longo.


Pioneiro de tantos outros


Que senti sinceros


Plenos de desejo e sufoco






sexta-feira, novembro 27, 2009

Há meses que não via o mar... Três meses!

E ontem vi. Quando regressei à rotina. Agora que voltei à vida que me espereva.

Que saudades!!!

No outro lado do mundo não vi o mar... Muito menos este "meu" mar!

E ontem vi. Sentada à janela, de costas.

Vi o mar, revoltado e tempestuoso.

Menos perto do que queria. Menos tempo que ainda quero... Para matar saudades!






Para Sul

Quero ir para Sul

Mas sem esquecer o Norte

O Norte

Onde me recolho

Onde me revejo

Mas é para Sul que quero ir

Onde me procuro

Onde me reencontro

Com uma mão

Prendo-me ao Norte

Com a outra tacteio o Sul

Quando para lá me dirijo

Olho à esquerda

Onde está nascente

Que me sopra energia

E me empurra

Para um novo dia

Espreito à direita

Onde está o acaso

Que me absorve para a noite

Onde me recomponho

E onde me curo

E sigo para Sul

À procura, lá no fundo

Talvez me aviste

Talvez me encontre

A olhar para mim

Lá ao fundo

Já sem Sul

E virada para o Norte

Onde tudo recomeça



Maria Paula Marques, Poemas do sentir

Hoje, e nao Amanha

Prefiro que partilhes ocmigo uns poucos minutos, agora que estou viva, e não uma noite inteira, quando eu morrer.

Prefiro que apertes suavemente a minha mão, agora que estou viva, e não apoies o teu corpo sobre mim, quando eu morrer.

Prefiro que me faças uma só chamada, agora que estou viva, e não faças uma viagem inesperada, quando eu morrer.

Prefiro que me ofereças uma só flor, agora que estou viva, e não me envies um formoso ramo, quando eu morrer.

Prefiro que me digas umas palavras de alento, agora que estou viva, e não um dilacerante poema, quando eu morrer.

Prefiro escutar um só acorde de guitarra, agora que estou viva, e não uma comovedora serenata, quando eu morrer.

Prefiro desfrutar de todos os minimos detalhes, agora que estou viva, e não de grandes manifestaçoes, quando eu morrer.

Prefiro escutar-te um pouco nervoso dizendo o que sentes por mim, agora que estou viva, e não um grande lamento porque não o disseste a tempo, quando eu morrer.

terça-feira, novembro 17, 2009

Inevitavel

Tenho um livro na prateleira que nunca antes tinha lido.

Não é meu! Foi oferecido ao meu primo e, há uns tempos, ele emprestou-me para ler. Trouxe-o para casa mas nunca tinha pegado nele.

O livro chama-se "Inevitável" e o autor é A. Jorge Oliveira.


Já estava deitada, pronta para apagar a luz, quando decidi pegar neste livro que nunca tinha despertado a minha curiosidade.

Começo a ler a capa de trás... E tudo faz sentido! Impressionante como decidi le-lo agora!


"(...)

Sinto que vou conseguir dormir em paz hoje. Amanha espera-me outro dia. Talvez vá visitar outras ruas ou descer um pouco mais até ao mar. Sabe bem sentir curiosidade novamente. Apetece-me rever tudo, menos as pessoas. Não que sobrem muitas das que me irritavam, mas ainda assim, rostos familiares são mais desagradaveis do que lugares familiares. Os lugares são observados e é tudo. Os rostos observam-nos de volta. Por vezes o mais duro é sermos observados através deles por nós mesmos. Ver em nós aquilo que costumam ver, por mais incoerente que seja essa visão. Talvez um olhar seja a semente necessaria para a injustiça germinar, proliferar e contaminar o que nos rodeia. Não importa agora. Tudo o que quero é desabar nesta cama. Pelos vistos o colchão é o memso. Até isso. Era bom dormir aqui. Julgo que ainda será. Sim, continua confortável. Mais ainda do que me lembrava. Estou a ceder. Cansço. Sono. Confusão. Estou mesmo aqui? Mal consigo crer. Não penses, fica quieto. Isso mesmo, estás quase lá. Descansa. Feito.

(...)"


E foi assim. Sem paragrafos, numa confusao de palavras, que alguem escreveu quase tudo o que eu queria dizer.


Cheguei! Ao mesmo lugar, às mesmas pessoas, à mesma rotina. A querer ver, sem ser vista. Ouvir sem falar.

Continua tudo na mesma. Se calhar só eu mudei...

segunda-feira, novembro 16, 2009

Change

Não gostei de ti ontem...

Não tenho gostado de ti nos últimos tmepos...

Mudaste, muito! E não gosto de ti assim...


Não acontece só contigo...

Tem acontecido com muita gente!


Será que também mudei?

Será que também já não gostam de mim?


Como me posso adaptar a tanta mudança?

Seremos assim todos mutantes?

domingo, novembro 15, 2009

E depois de tanto tempo longe...



Como transmito tudo o quer vivi? Como digo tudo o que aprendi?



Foram tantas as coisas que aconteceram. Não sei por onde começar. Não sei o que contar. Não sei se quero partilhar tudo. Ou nada...



Apetece-me só ouvir. Matar saudades das vozes e dos sorrisos. Saber tudo o que se passou na minha ausencia. E queria ver tudo o que não vi, tudo o que só tenho aqui, e que me fez falta.

Apetece-me contar aos poucos. Responder a todas as curiosidades e contar as estórias que me vou lembrando... Hoje, ou amanha, ou depois.

Apetece-me abraços! Daqueles que nos dão as boas-vindas, daqueles que estão carregados de saudades. Abraços felizes, daqueles que fazem parar o mundo, porque era tudo o que precisava.



Agora, aqui, olho para tras e pergunto: "O que é que fizeram 2 meses em mim?", "O que aconteceu em mim?"



Durante 2 meses reflecti, longe de todos. Reflecti sobre as amizades, a familia, o amor. Sobre todas as relaçoes... Durante 2 meses quis aperceber-me do que era realmente importante. Quis saber quem valia mesmo a pena... Descubri como e para onde (mereço) direccionar esforços e prioridades.



Foi dificil deparar-me com as saudades. Foi dificil optar por "fugir", como se desaparecesse por algum tempo. Foi dificil resistir à vontade de ligar a todos e contar novidades...

Mas ao fim de tanto tempo, estava a precisar disso... De me afastar. De alguma maneira testar-me e testar relaçoes!



E depois de tanto tempo longe...



Tudo muda!

quinta-feira, agosto 27, 2009

I miss home already...

Faz tempo que não escrevo...

Este último mês não foi de exteriorização. Este último mês foi de absorção, contemplação, aproveitamento...
Quis ter a certeza da vida que tenho. Quis aproveitar ao máximo tudo o que mais gosto. E consegui!

Agora vou para o outro lado do mundo, com o coração cheio. Com vontade de ir. Com a certeza que a minha vida deste lado vai estar aqui, à minha espera.
Não vou voltar a mesma. Virei mais sábia, preenchida. E retomarei a vida com outro sabor.

Este último mês, com algum cheiro a despedida, descobri que são poucas as coisas de que vou sentir verdadeiras saudades.
Vou sentir falta da família, claro, e dos amigos. Da minha casa, do meu lugar confortável. Do mar e das tardes a olhá-lo.

Neste mês que passou vivi, vivi muito. Fiz o que quis, onde e quando quis, com quem quis. Ri muito, chorei quanto baste. Iludi-me e desiludi-me. Não falei muito, mas ouvi bastante, porque quero levar comigo as palavras dos outros...

É já manhã que parto... As malas estão prontas e o check-in também!
Nunca antes estive tanto tempo tão longe! As expectativas são altas e eu vou aproveitar ao máximo!

Como disse uma vez alguém: "Vou ali crescer, venho já!"

Volto em breve!

sexta-feira, julho 24, 2009

Contadores de histórias


Quem é que não gosta de um bom serão passado a contar histórias?
Eu adoro!
Faz lembrar aqueles momentos em que ouvimos os nossos avós a contar aventuras e desventuras de um passado longínquo...
Mas essas histórias não nos interessavam como estas de agora!
As histórias que hoje contamos entre amigos, são feitas das nossas próprias aventuras e desventuras!
Identificamos as histórias e identificamo-nos com cada história. Porque já vivemos o mesmo tempo, as mesmas ilusões e desilusões!
Somos sinceros e ficamos, até, espantados com o facto de o conseguirmos ser tão genuinamente. Sem maldade, sem medo das reacções alheias. Contamos segredos e paixões. E rimos, rimos muito. Rejuvenescemos!
"Com estes não se consegue ter uma conversa séria!" - E qual é o mal? Sejamos, hoje, contadores de histórias! E uns ouvirão com o entusiasmo daquele que a conta. Vamos, hoje, partilhar experiências e aprender.
E vamos gravar estes momentos na memória. Vamos relembrar as histórias e guardá-las, não como umas histórias quaisquer, mas como as tuas histórias, as minhas , as nossas. As histórias que ouvimos uns dos outros, quando éramos Contadores de Histórias por umas horas...
Somos todos tão diferentes... E faz-nos tão bem conviver! Nem que seja por alguns momentos de descontracção, nem que seja simplesmente para nos vermos e nos ouvirmos.

quinta-feira, julho 16, 2009

Eras tu... o mesmo!

Eram 2:02 da madrugada quando acordei com o vibrar impaciente do meu telemóvel. Consegui ver que eras tu, e atendi ainda meio confusa e perdida.

- Estavas a dormir?
- Sim...

- É que descobri a prenda de anos ideal para ti!

- Então?
- Vamos ouvir Abrunhosa, de novo, juntos!

Cantaste "como uma ilha" de principio ao fim. E ouvi-te enquanto tentava perceber se as lágrimas que escorriam pela cara eram de felicidade, tristeza ou revolta.
Podia dizer que parecia que tínhamos parado no tempo, e estávamos a ter uma conversa como sempre tivemos... Mas estaria a mentir! Porque sentia-me com "um pé atrás", sem saber muito bem aquilo que estava a sentir...

Durante quase duas horas fui o mais sincera que consegui. Baixei a guarda, como tantas vezes já o tinha feito contigo... Abri o coração e a alma! Tentei perceber o porquê de tantas coisas... Coisas que nem tu sabes explicar!
Quis saber o que sentes, e o que é feito daquele que conheci em tempos... Aquele que de vez enquando aparece, mas tantas vezes desaparece sem explicação, tantas vezes magoa e dá lugar ao "novo".

Não gosto do novo! É pessimista, cruel. Não acredita no amor nem no futuro perfeito. Não quer ter responsabilidades, nem promete nada. É instável e triste. Diz que não tem amigos e que se morresse quase ninguém ia ao seu funeral, porque pensa que não marcou a vida de muita gente. É parvo, completamente inconsciente! Sem noção alguma daquilo que fez até hoje, sem qualquer presença real no hoje, sem nenhuma ânsia de viver o futuro!

O Novo deixa que o Velho apareça de vez em quando... Nuns flashes de lucidez! Tem saudades do passado e dos amigos. Gostaria de voltar ao passado, mas tem sonhos do futuro. O Velho não gosta de magoar os outros e pede desculpa, como se quisesse que desculpássemos o Novo. O Velho não consegue perceber como é que se tornou neste de agora...

Com o Velho consigo conversar, de tudo. A Razão diz-me para não confiar, mas não sou capaz de evitar falar tudo o que a Emoção quer dizer. E tu ouves, com medo, arrependimento, tristeza... Como se fosses a pior pessoa do mundo e não merecesses aquilo que digo e faço. E eu sei que no fundo tu ainda és o bom amigo que sempre foste...

- Eu poderia ter sido mais que teu amigo...
- Eram outros tempos! Outras idades, outras vontades... Não queiras que me sinta culpada por aquilo que és hoje... Arrependo-me? Sim, mas só agora que sei o que sei hoje! E felizmente o arrependimento não mata...

- Não mata mas mói...

- Mói, é verdade! Mas é isso que nos faz crescer. Estar arrependido é uma vantagem! Significa que aprendemos, que vamos continuar a aprender!

Em quase duas horas ao telefone, ouvimos musica, cantaste, rim-me, chorei... Voltei atrás mas não tive vontade de ficar lá, porque a realidade é mesmo diferente! Eu sou feliz aqui, neste agora!
Fui feliz no passado? Fui! Foram bons tempos? Foram! Gostava que tivesses sido sempre uma parte activa na minha vida? Sem duvida que sim! Mas não dependeu só de mim...

- Porque é que deixaste de me falar?
- Não sei... Não sei o que se passa, ou passou, mas afastei toda a gente que gostava de mim...

- Porque?

- Não sei... Como não sei como ainda continuas a falar comigo! Não mereces o que te faço!

- Pois não! Mas devo ter um lado masoquista...

- E apareces sempre que estou a precisar... Não sei como fazes...

- Estás enganado! Eu não aparecia, porque nunca cheguei a desaparecer. E quando tentei alguma comunicação não era porque tu precisavas... Na verdade eu é que precisava de ti!


E quase duas horas não chegaram para perceber o que aconteceu ao Velho. Nem se ele um dia vai voltar... Com sonhos e projectos!




- Até breve!
- Será?
- Até breve! Ficas bem?

- Não...
- Diz que ficas bem...

- Não te vou mentir! Não fico bem, mas isto passa-me. Passou sempre!

- Até breve então!

- Até breve! Quando o Velho voltar!

terça-feira, julho 14, 2009

Silencios

"A coisa mais dificil e mais bonita vivida entre duas pessoas é o Silencio."

É o silencio que mais me fala de ti. É no silencio que aprendo a ouvir-te. E nele que descubro os teus pormenores.

Vejo o teu sorriso sem te olhar...

Sei o que sentes só seguindo o ritmo da tua respiração.

Não dizes nada mas ouço tudo.

No inicio, é difícil suportar. Parece incomodativo este Silencio que se instalou sobre nós... Quase como se fosse um abismo de constrangimento, um nervoso interno.
Mas isso é antes... Antes de te conhecer. Antes de saber que entre nós não ha segredos. Antes de perceber que somos íntimos, nos pensamentos e na vida.

De repente o abismo desapareceu! Na verdade nem sequer há chão... Planamos num mesmo nível. Quase que conseguimos ler pensamentos... E mesmo que não os consigamos ler, não há qualquer incomodo. Porque se instalou a paz...

E o Silencio é a coisa mais bonita. Já não há nada para dizer. E o silencio é muito mais confortável do que qualquer conversa de circunstancia... Não precisamos disso!

Quem não sabe o que é o Silencio? Quem nunca viveu este Silencio tão dificil e tão belo?
Eu quero-o para sempre... Momentos de Silencio. Plenos, simples. Onde duas almas se encontram e se entendem. Os olhares quase se tocam e os sorrisos são curtos.
Quero Silencios! Não precisar das palavras desnecessarias. Não querer nada senao o som quase sincronizado da respiraçao e do pensamento!

E se o Silencio é dificil, vou torna-lo fácil! Basta-me encontrar-te, correr para o teu nivel, viver no mesmo patamar, equilibrar-me contigo.


quarta-feira, julho 08, 2009

Dias Perfeitos!

O que são dias perfeitos?
São aqueles em que tudo corre bem... Em que chegamos ao fim e não utilizamos o "mas" para descreve-lo!
São dias em que conseguimos fazer tudo. Levantamo-nos de manha e as coisas aparecem sem corrermos. Vamos fazendo tudo e tudo corre bem e traz satisfação.
São dias que nos fazem felizes, pacificados, energizados, com o desejo de que todos os dias sejam iguais a este!
São dias em que partilhamos, partilhamos muito! E vivemos os nossos momentos...

Hoje foi um dia perfeito!
Se os dias perfeitos não são iguais a este, então eu não sei o que são dias perfeitos!

Eram 8 e meia quando tocou o despertador. Tinha uma hidratação facial às 10 e ainda queria continuar os apontamentos para o exame de Domingo. Deu tempo também para tomar o pequeno-almoço com a Sofia que veio apresentar uma peça e esteve a dormir cá em casa. Acabei os apontamentos, tomei banho e às 10h lá estávamos (a Ana e eu) na demonstração da Herbalife, a passar Gel de limpeza, mascara, esfoliante, tónico, hidratante, tudo o que uma pele saudável precisa! "Porque afinal a pele é o nosso maior órgão!"
Onze e meia e já estávamos a regressar a casa com uma cara limpa, hidratada, saudável e reluzente!
Antes do almoço imprimi os apontamentos e preparei-me para uma tarde de praia. Confesso que estava com a consciência um bocado pesada, porque estamos na época de exames, porque tenho um muito importante no Domingo. Mas já estou em exames há tanto tempo que precisava...
Às duas já tinha à minha espera dois rapazes giríssimos, com pranchas, kites e boa disposiçao, prontos para passar uma tarde maravilhosa! Peso na consciência?? O que é isso??
Lá fomos. A Praia Nova Vaga foi o destino. Parece que é a única praia do país onde é legal praticar kite. E nós podemos andar num curso que não é reconhecido, numa escola que nao está legal, mas quando se trata das praias gostamos muito de andar dentro da lei!
Diz o perito que o Vento estava perfeito. E devia estar mesmo porque contei 30 kites no mar, no ar!
E passaram horas. Apanhamos Sol (lá se vai a hidratação facial que fiz de manha...), mergulhamos, conversamos, rimos. O dia começa a chegar ao fim e a praia tão povoada começa a ficar vazia. Poucos devem conhecer a sensação de ser o ultimo a sair da praia, ver todos a irem embora e ficar sentado a olhar o mar. Partilhar o silencio e a paz, sem incómodos nem constrangimentos. Como se a alma descansasse, como se fizéssemos parte da areia e do mar. Podia ficar assim, aqui, dias seguidos...
O Vento começa a ficar incomodativo. Fazemos parte da natureza, mas não vamos exagerar! E também já são quase 9 horas, já é tempo de regressar a casa. O trajecto demora mais, porque o dia não podia acabar sem uma conversa entre amigos. Há tanto tempo que não falávamos assim, sem restrições, só com sinceridade. Podemos falar de tudo, contar segredos, confessar medos, filosofar, aconselhar, aprender. Podemos ser íntimos e cúmplices. Porque os amigos precisam disto, merecem isto! Porque os amigos assim são poucos e valiosos!
A palavra "Obrigada" parece pequena e insignificante ao lado daquilo que quero dizer...

E é quase meia-noite. O meu dia está a chegar ao fim e eu sinto que ainda podia ter mais horas, ainda podia começar tudo de novo!
Porque há alguma coisa de especial nestes dias, são tão perfeitos que quase os sinto irrepetíveis! É algo de muito bom que podia acontecer todas as manhas!
Digo que estou feliz, muito feliz!

Se há um caminho para se ser feliz, passa por aqui de certeza!
Se há dias perfeitos, são muito parecidos a este!


Resta-me só entrar na banheira e tirar o Sal que ainda tenho no corpo. Sabendo que há Sal que vai ficar comigo e prolongar esta sensação por muito tempo, como se conservasse bem-estar, paz e harmonia.

sábado, junho 27, 2009

Mais uma vez...

Mais uma vez...
Encheu plateias...
Pôs fãs em histerismo...
Levantou crianças, jovens e velhos...
Deixou que o público cantasse sozinho...
Fez silencio e barulho...
Criticou políticos...
Abanou a cintura e dançou caribe...
Soltou almas!

Mais uma vez eu estava lá...
Dancei, cantei, fiz criticas, ri e chorei...
Recordei quase toda a vida...
Fiz planos futuros...
E sonhei... Sonhei muito!

Há quem diga que ele não canta muito bem. Que fala mais do que canta! E pode ser verdade...
A sua voz não está a altura de grandes cantores...
Mas ele tem um qualquer puder mágico...
É um musico como há poucos! Escritor, poeta, compositor, maestro...
Tem uma presença cativante, convencida, confiante!

Ontem, mais uma vez, fez-se magia...
A freguesia do Lumiar agradeceu com presentes, aplausos e sorrisos...
Ao som de musicas conhecidas de todos...
Numa noite fresca, de céu limpo!
Almas pairaram felizes...





Mais uma vez...
Pedro Abrunhosa encantou!

sábado, junho 13, 2009

Ansia...

Há coisas que não consigo explicar...

Como isto que estou a sentir agora...

Um misto de ansiedade, felicidade, medo... Um encontro entre a ilusão e a realização...

Um desejo de avançar no tempo e matar a curiosidade!

Quero saber se estás mesmo tão perto quanto te sinto!
Quero saber se te vou ver quando este sentimento acabar no seu auge! Quero saber se estás la...

O que sinto hoje, podia ser só um aperto no peito, umas pernas inquietas, um nervoso miudinho... Mas mistura-se com um sorriso, uma expectativa, um desejo de novidade...

Quero ser eu no amanha! Assim como quase fui ontem...

Sinto uma vontade de vencer, de ser feliz! Parece-me tudo tão perto...

Mas tenho medo... E se me desiludo? E se perco tudo? E se nada for como eu estava a espera? Tenho as expectativas muito altas... Mas não é suposto ser assim quando os sentimentos são verdadeiros? Quando a confiança sempre esteve presente?

Estou nervosa, como se fosse uma criança! Tenho medo, como se já tivesse vivido muito!


domingo, junho 07, 2009

O Porto

Já te tinha dito que adoro esta cidade? E que gosto ainda mais quando chego mesmo a tempo deste luso-fusco?
É a hora perfeita para se chegar. Nesta altura do ano em que as tardes estão mesmo quentes, mas o lusco-fusco traz uma aragem maravilhosa!
O Porto é assim... O meu Porto, o Porto que adoro!
E o meu comboio chegou mesmo a tempo de sentir a brisa, de ver todas as cores quentes que o céu tem quando o Sol se põe.
Estou cheia de calor, e o vento entra no táxi com se fosse a resposta a um pedido de socorro. Despenteia os cabelos mas sabe tão bem... E cheira a Porto. Cheira a Porto no Verão!
À noite só apetece um jantar ao ar livre. Absorver o calor e a humidade. Rir e sorrir à beira-mar!


No Porto, as manhãs são sempre nubladas. No Inverno cinzentas e frias... No Verão brancas e frescas!
E quando apanhei o comboio de volta, o nevoeiro ainda não tinha desaparecido. Precisei do casaco,mas sabia que o ia tirar em breve...


Esta cidade tem algo mágico. É uma história, são muitas estórias vividas com a intensidade de vidas inteiras! É uma luz, que não é brilhante, mas própria, que só os portuenses conhecem bem...

segunda-feira, maio 11, 2009

De repente

De volta às aulas. O pensamento está longe. Longe no espaço, não muito longe no tempo, longe demais no Coração.
O espaço é, quase obviamente o Porto. A cidade que me viu nascer, a que me viu viver grandes momentos.
O tempo é um passado quase presente. Passaram só alguns dias.
Só agora o meu pensamento começa a assentar. Há tantas dúvidas que me assaltam...Nunca me tinha acontecido nada deste género. Nunca tinha deixado que a vida fluísse sem pensar muito nela. Foi diferente do que estava habituada. Não houve decisões, nem pensei nas opções. Apenas segui... Apenas deixei que a vida não parasse enquanto eu perdia tempo a ponderar.
E quando me senti num abraço, com a cabeça num peito confortável, o momento pareceu-me o certo, a escolha única e acertada. O braço que me segurava, o sorriso em gargalhada e o olhar alegre e responsável, eram de alguém que eu via apenas pela terceira vez. E olhava agora como olhei na noite anterior, num único momento:
"Diz alguma coisa quando chegares a casa."
Mas hoje não vou para casa como fui ontem. Não vou dizer que cheguei bem, porque não vou para outro sítio. Nesta noite sinto-me bem a rir com ele, a conhece-lo de repente, aos poucos, quase às escuras.
Nunca quis mostrar quem sou, assim tão rápido. Mas nesta noite, nem a minha razão me impede de o fazer. Porque estou bem. Tudo, não só parece bem, como está realmente bem!
Em algumas horas vivo momentos de prazer, felicidade. Partilho preocupação e serenidade. Em algumas horas o mundo, que podia ter ficado lá fora, quis assistir e participar, nestes momentos que racionalmente eu não tinha escolhido. Mas ainda bem que o fiz. Ainda bem que posso, hoje, não ouvir nada sobre matérias escolares, enquanto o meu pensamento viaja...
Mas não foi assim que pensei na noite seguinte quando, racionalmente, disse o que sentia:
"Sei que vou sofrer... e não queria!"
Estava de novo nos braços dele.
"Não vou deixar que isso aconteça. É tudo o que não quero!"
Sei que ele falava verdade, mas sei que também não sabia o que poderia acontecer. Também, como eu, não sabia o que sentir, não sabia o que dizer. Principalmente por não ser normal para ele dizer aquilo que sente...
"Ele é muito tímido. É um escorpiãozinho tramado que adora sentir que os outros estão interessados nele e lutam por isso." Disse alguém.
E eu gostava de ter forças para isso. Tenho quase a certeza que tenho sim!

domingo, maio 10, 2009

Transparente...


Serei assim mesmo tão transparente como dizes?
"Basta olhar para os teus olhos... Percebo como estás e o que sentes!"
Será mesmo? Eu sei que os olhos sao o espelho da alma... Será o meu espelho mais limpo que o Justificarnormal?
"Tens um olhar sincero. Sei exactamente como estás quando tens as pálpebras caídas. Sei exactamente o que queres quando olhas fundo pelo canto do olho!"
Sei que estavas a falar verdade. Se fosse outro dia, outro lugar, talvez não o tivesses dito. Porque iria existir na tua garganta alguma coisa que te iria impedir... Mas nestes dias, neste lugar, dizemos praticamente tudo. Não desviamos o olhar porque queremos dizer ainda mais do que as palavras atrapalhadas conseguem dizer!
"Já não estás nada bem. Vejo logo quando olhas para mim!"
E tapo os olhos para não ser assim tão transparente...
"Não devia ter fechado as persianas todas... Porque assim não te consigo ver os olhos!"
E as melhores coisas não se sentem pelo tacto... Vêem-se, ouvem-se e sentem-se pelo Coração.
"Saberia o que estás a sentir se visse o teu olhar, já que não há palavras!"

quinta-feira, abril 30, 2009

Sei que sim...

Não gosto de pensar que cresci. Não gosto de acordar e reparar que não estou a mesma, que o mundo está diferente.
Não gosto de pensar que já não sou aquilo que fomos. E que mudamos ao longo de tantos anos longe.
Sei que a vida nos transformou. Agredidos e acarinhados por tudo de mau e de bom que a vida nos tinha a dar.
Somos diferentes daquilo que éramos. Custa-me assumir isso...
Fomos tão juntos, tão próximos. Sonho que ainda fazem parte do meu dia-a-dia. Sonho a dormir, como se fosse tudo verdade. No meu inconsciente ainda é... Tudo possível. Voltar ao passado, correr para o futuro, como se nada tivesse sofrido mutações.
Quando abro os olhos, ninguém está. Aqueles com quem sonhei ainda fazem parte da minha vida, mas não estão aqui todos os dias. Vivem e transformam-se longe de mim.
Mas quando abro os olhos e nos vejo, ninguém mudou. Somos os mesmos, como se o tempo parasse. Para mim não mudamos. Reagimos e co-agimos da mesma maneira. E quando estamos juntos, foram horas que passaram desde a última vez. Não foram meses, nem anos...
Sim mudámos, muito! Mas somos os mesmos uns para os outros.
Porque um feitio faz-se de sentimentos, de relações. Sou assim como sou porque não estou só. Sou assim para uns, diferente do que sou para outros.
A vida transformou-me, mas posso permanecer imutável aos olhos de quem me conhece...
Cresci, crescemos... Sei que sim!...

segunda-feira, março 23, 2009

Rascunho

Escrevi há uns dias uma crónica, que está guardada.
Ainda não tive coragem de a publicar.
É realmente a coragem que me falta quando a leio sempre que ligo o computador, e penso em torna-la pública...
Mas continua como Rascunho. Se calhar vai ficar assim para sempre. Ou até a tu leres, só tu!


Escrevo tudo o que penso, tudo o que sinto. Houve quem me chamasse "esquisita". Sem muita razão... Porque escrevo quando me apetece, porque gosto!
Talvez me mostre demais. Talvez diga coisas a mais sobre mim... Sou um livro aberto!
E por isso me falta a coragem para publicar algumas coisas! Também tenho o direito de me esconder... Também tenho o dever de proteger...


A crónica que escrevi é para ti. Não para ti... que estás habituado a ser "musa" e destino das minhas crónicas. Não, não és tu!
A crónica que escrevi é sobre ti. Sim
, tu que entraste na minha vida não há muito tempo. E ainda não tinhas merecido isto.
E escrevi novidades e saudades. Reuni todas as "esquisitices" que já tinha escrito sobre ti. Dei largas à imaginação e ao sentimento e escrevi-te, a ti, para ti, sobre ti...
Sem seres "musa", mas por seres especial.


Escrevi há uns dias uma crónica, que vai continuar a ser rascunho...

terça-feira, março 17, 2009

Tenho um sonho

Tenho um sonho.
Quando estou acordada, sonho com um conto de fadas. Com uma daquelas histórias de amor, quase sempre impossíveis mas que acabam sempre bem.


Estou no comboio, numa viagem que faço regularmente. O Porto fica sempre para trás. Levo-o só no olhar. Quando atravesso o Douro, já
o meu pensamento voa longe, e o sonho enche-me de ansiedade e esperança.

Imagino-te a entrar no comboio. A tua estação é bem perto da minha. Estou distraída e não te vi entrar. Perdida no meu sonho não te senti aproximar. Não notei que afinal estava a viver o sonho...


Sentas-te ao meu lado como se fosses um passageiro qualquer. Como se também não soubesses que eu estou ali...


Sinto um click! Algo despertou o meu coração. Foi talvez o teu cheiro, a tua postura, tudo o que sempre conheci em ti. Foi talvez o qu
e senti em mim quando ouvi:

- Estou aqui. Acabo de entrar na tua vida, de novo. Desta vez, para sempre! Vou fazer esta viagem contigo. Como farei todas as viagens, ao teu lado. Todas as que fizeres a partir de hoje!


Abres o jornal com naturalidade. o sorriso matreiro
denuncia-te.

Eu não sei o que pensar. o que se sente quando o sonho se torna realidade?


E não consigo dizer nada. Nem quando olhas para mim, fundo! Nem quando me tomas num abraço, e me sinto nos braços onde vou ficar para sempre...



sexta-feira, março 13, 2009

5 dias


Têm sido intensos estes últimos dias... Defeitos e virtudes todos à flor da pele... O controlo a cada palavra, a espontaneidade a cada acto.



São dias em que testo quem sou. Eu num grupo não muito pequeno, em terras que ninguém conhece, com tarefas que nunca fizemos juntos.



Porque nunca tinha acordado com a história da Mulan, nem adormecido com 10 pessoas ainda acordadas no quarto.



Porque é uma realidade diferente para cada um de nós. Dentro do grupo, nas ruas, no convívio connosco e entre nós.



São dias que se vivem intensamente. Cada conversa, cada passeio, cada discussão, cada risada. Partilhamos fraquezas e conhecimentos. Conjugamos habilidades e avançamos juntos. Tomamos decisões sem que ninguém se prejudique: "Desta vez cedo eu, da próxima cedes tu!"



Em apenas 5 dias, aquilo que se vive dava para escrever páginas e páginas. Aquilo que se cresce dava para abdicar de alguns meses vividos normalmente.



E é maravilhoso reparar como tantas pessoas tão diferentes se conseguem entender tão bem, 24 sobre 24 horas... Só mesmo com alguma maluqueira à mistura... Só mesmo se cada um estiver disposto a partilhar, a viver com o outro.



Bastaram problemas que resolvemos juntos, caminhadas e passeios de bicicleta, horas de dormir, acordar juntos, para perceber que é fácil tudo acontecer. É fácil não haver problemas e confusões. É fácil darmo-nos todos bem, quando estamos todos dispostos a que isso aconteça.






A intensidade com que se viveu os últimos dias, faz-se sentir no regresso a casa...


Que maravilha tomar um banho num wc de total confiança, andar descalça no quarto.


Que maravilha apanhar o comboio de regresso à rotina, com a mala cheia de recordações, todas as que acumulei por esse mundo fora, em 5 dias.


Londres, Amesterdão, Roterdão, Eindhoven, falarão da nossa presença para sempre. Ficarão, para sempre, marcadas em nós, como ficam em papel fotográfico.


São cidades que assistiram às aventuras e desventuras de um bando de 14 loucos que estavam ali para aproveitar ao máximo e deixar a sua marca.


E 5 dias bastaram... Para rir, gargalhar, sofrer, passear, correr, caminhar, pedalar sem destino, conhecer, aprender...


5 dias bastaram para eu mudar, para sentir em mim o bichinho da mudança, aquela vontade de conquistar o mundo! Qualquer um nota ao olhar para o sorriso que tenho pregado no rosto, constantemente, para a força que estou capaz de transmitir, o desejo de vida!


Há quanto tempo não me sentia assim? Parece que estou apaixonada. Parece que ouço os passarinhos. Parece que o mundo mudou de cores. Parece que tudo é mais fácil.


E não foi preciso quase nada... Apenas 5 dias. O tempo e o lugar certos, as pessoas ideais.


Estou nova, feliz! De 0 a 10? 9,5! Só para não dizer que sinto a felicidade plena! :D



quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Destino?

Nunca tinha perguntado a mim mesma se será certo aquilo que faço... Perguntei hoje! E o meu pensamento leva-me a questionar o destino... Ando em perguntas retóricas que poucos saberão responder!
Terá o destino programado isto tudo para mim? Tal e qual como estou a viver? Ou já fiz muitas alterações que não estavam previstas, e o destino teve de se adaptar às minhas decisões?...
Gosto de acreditar que estou no caminho certo, a cumprir o meu destino.
Há quem diga que é bom termos aquela sensação de "deja vu", significa que estamos no caminho certo. Como se fossem "check points", onde se verifica que estamos a cumprir o nosso destino. E eu tenho essa sensação constantemente...
Mas quando penso nessa coisa do destino, quando penso a sério nisso, sinto-me prisioneira! Porque se o nosso destino está traçado e não podemos fugir-lhe, o que estamos aqui a fazer?
É certo que é óptimo viver e tomar todas as decisões, ter dúvidas e ficar feliz quando tudo corre bem. Mas afinal era suposto ser assim, não fizemos nada de extraordinário...
Não tem piada nenhuma pensarmos que amanhã vamos tomar determinada decisão, vamos viver determinado momento, simplesmente porque estava destinado que isso acontecesse.
Não quero pensar nisso! Não quero que a minha vida estaja destinada esta ou daquela maneira! Quero poder tomar todas as decisões! Quero ser livre e independente! Quero viver com projectos, mas com a aventura de mudar tudo quando me apetecer! Quero poder ser livre de ser feliz a qualquer momento, de chorar a qualquer momento...
Não simplesmente porque estava destinado que assim fosse...

sábado, fevereiro 14, 2009

Segredo...

Tenho um segredo...
E queria escrever sobre ele... Queria dizer aquilo que sinto...
Mas não posso!

Tenho um segredo...
E é como se o meu coração estivesse sujeito a uma qualquer censura.
Sou tomada por uma ânsia, uma vontade de gritar!

Tenho um segredo...
Mas queria dizer tudo, sem que o mundo soubesse. Só para me libertar deste aperto...
Mas não posso! Porque sei exactamente o que sinto, e porque não devia senti-lo... Porque não é a altura certa, nem o certo!

Tenho um segredo...
É maravilhoso... O mundo sorri =)

Mas agora é um segredo só meu!
E não vou partilha-lo com ninguém!! =P


Até breve meus leitores...
Darei notícias quando a PIDE permitir! =D

sábado, fevereiro 07, 2009

Sem escrever...

Hoje não escrevo... Recito!
Hoje não invento... Copio!

Porque li aquilo que queria escrever.
Porque alguém já viveu aquilo que acabei de inventar...



Novo Agosto


Partiste, finalmente
Partiste do meu querer-te


Na alma resta um traço, um vestígio

Que um dia habitaste o meu corpo

Na vida um gosto remoto da tua pele

Um travo longínquo do teu ser


Partiste

E fui assenhorando-me aos poucos

Do espaço que era teu, do meu corpo liberto

Do amor que estava preso em ti e, hoje, sou

De novo dono de mim


Partiste finalmente de mim
E até a casa rejubila, o sol entra a rodos

Os estores abrem-se ao mundo e já

Não temo ver os abraços, o riso, o amor

Dos outros, todos os dias


Partiste e as penumbras secaram

O vazio já não supura e a cicatriz

Com o teu nome, descobri, afinal

Que suavizou


E mais te digo, sem te dizer e sem

Me ouvires, que felizmente partiste

E eu cheguei de novo até mim

Por fim


Poemas do sentir - Maria Paula Marques



E foi para ti...
Que tantas vezes escrevi, sem recitar.
Que tantas vezes inventei, sem copiar...

E é para ti, que agora escrevo sem escrever.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Novo conforto

Quanto tempo demorar a instalar-se uma amizade?
Quanto tempo passa desde que vemos alguém pela primeira vez até ao dia em que a olhamos como um verdadeiro amigo?

É extraordinária a rapidez que com que se faz uma amizade...
O tempo que passa entra a primeira impressão e a amizade eterna, pode ser mínimo!

Bastam algumas horas para percebermos que aquela pessoa que acabamos de conhecer pode ser nossa amiga.
Nas conversas descobrimos tantas coisas em comum... Gostos, maneiras de pensar, ideias, objectivos...
E se o nosso sexto sentido nos diz que em tudo há sinceridade, confiamos! Queremos saber mais, confiar ainda mais!

Não há nada melhor que os amigos. Não há nada melhor que um novo amigo. Não há nada melhor que sentir um novo amigo verdadeiro.
Pode chegar bem perto de um novo amor... Há toda uma descoberta, uma aventura, exploração da novidade!
Há a satisfação de termos alguém com quem partilhar o nosso dia-a-dia, de sermos nós próprios sem medos!
E queremos mostrar o nosso mundo, e conhecer o mundo daquele que ser tornou especial.

Um novo amigo nunca vem substituir antigas amizades. O novo amigo vem ocupar, no nosso coração, um lugar, que sem sabermos, estava guardado à espera...

E como sabemos distinguir entre todos os conhecidos, aqueles que são amigos?
Não sabemos. É algo que sentimos sem perceber. Damos por nós estamos a conversar como se já nos conhecessemos. A confiar plenamente... Temos sorrisos cúmplices e segredos! Queremos partilhar... porque é isso que se faz com os amigos! É isso que gostamos de fazer!

E de repente... Olhamos com amizade! Aquele sentimento que traz tantas coisas maravilhosas!




A todos os meus amigos: Obrigada!

A ti:

http://www.youtube.com/watch?v=AfvTjFZBcVI

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Sim, principalmente para ti!

Nem te desejei Bom Ano.
Foi bom o ano que passou? Decisivo, não foi? Quando se tem uma cartola na cabeça e uma bengala na mão parece que as preocupações aumentam.

Este ano vi-te a trabalhar muito responsável. Sim, vi! Como se já fizesses aquilo desde sempre. Ajudar os outros sempre foi o que quiseste. E ali pude ver o teu futuro. Como se fosses vestir uma bata eternamente. Como se para sempre tivesses um bebé ao colo, em casa ou no trabalho... Vi os teus projectos? Ou os meus sonhos?
Também te vi eufórico, numa altura do ano que sempre gostaste. Sei que a tua vida também passa por momentos desses. Porque sabes aproveitar cada dia. Porque não perdes a cabeça, nem no 8 nem no 80. mas sempre gostaste de uma boa borga. Rir muito :) Com um sorriso aberto... lábios fininhos...


Pensei muito em ti, este ano que passou. Talvez por não teres pensado nada em mim... Não foste amigo. Não foste o amigo que eu estava habituada... Mas finjo que estou num daqueles grupos de dependência, tipo Alcoólicos Anónimos, e digo que já ultrapassei a tua indiferença. Obriguei-me a respeitar as tuas opções, sem as entender. E como podia?
Passei o ano a lembrar-te. Precisei de ti perto de mim, quando estavas cada vez mais longe. Quis partilhar o bom e o mau. Quis dar abraços de felicidade e de consolo. Quis falar horas a fio, e rir, e chorar. E não é isso tudo que queremos dos nossos amigos?
Mas estiveste longe...
Voltarás? Este ano? Um dia...
Quero um ano maravilhoso para ti! Sim, principalmente para ti. Porque os amigos merecem um ano cheio de momentos de grandeza. Que sejam mais os momentos de encontros... Contigo, e contigo mesmo!
Bom Ano trengo!