Estava inquieta sem perceber
porquê... Não que estivesse nervosa. Não que estivesse ansiosa. Mas alguma
coisa esta a mexer comigo. Hoje!
Acordei com uma vontade de
espreguiçar mais, de agarrar mais, como se fosse um dia para recomeçar, um dia
bom para renascer!
Pedi para abrires a janela,
porque tinha necessidade de ver a luz, de abrir os olhos em claridade!
Estive lenta no
pequeno-almoço, no banho, na hora de sair de casa, como se este dia fosse mais
longo, como se tivesse vontade de aproveitar cada momento ao Sol. Este Sol que
via pela primeira vez.
Estou ainda mais inquieta
agora que percebi porquê...
Afinal o tempo corre muito
depressa. E hoje só queria prolonga-lo, aumentar os dias e garantir que tudo
vai ser mais lento!
Afinal um ano foram dias...
Afinal já passou um ano desde
que a minha vida mudou...
Foi hoje que me reencontrei,
por te ter reencontrado.
O
teu toque foi bem interno, profundo, e não me deixou durante estes dias todos.
Como se me tivesse dito "descançaa, nao precisas de esperar mais, ja
voltei". Como se estivesse a' espera dele (de ti) ha muito tempo.
Estou
feliz por te ter encontrado (reencontrado), e por seres assim, um livro aberto,
vivido, resolvido com os seus sentimentos, sem problemas de os dizer e de os
enfrentar. Estou feliz por estares de volta, seja de que maneira for.
Foi hoje que, pela primeira
vez a minha alma se separou do meu corpo. Porque deixei o meu coração nos teus
olhos, enquanto o meu corpo foi passear sozinho...
E
agora vou voltar para casa. Vou buscar finalmente a minha alma e junta-la a
mim. E vou aconchegar corpo e alma nos teus bracos. Nao quero mais nada para
hoje. Pode ser?
Porque
tenho muitas saudades de te olhar!
Há um ano a história
reescreveu-se, quando séculos depois, nos encontremos, como se nunca nos
tivéssemos separados, e decidimos viver... E ser felizes...
O amor que sinto transformar-se-á em paixão ardente,
impossível de conter ou num carinho insaciável que só sossega quando olhar
esses teus olhos apaixonantes (esse teu olhar que nem com óculos rosa consegues
esconder…) e vir bem lá no fundo a tranquilidade que só se alcança quando somos
verdadeiramente felizes. E aí a história reescreve-se.
E
um ano passou rápido demais. Muito depressa para tudo o que vivemos. Muito
depressa para a paixão… Muito depressa para o dia-a-dia… Mas foi tão bom! Mas é
tão bom!
E
ainda temos tanto para viver!
Quantos
dias, meses, anos, mais vão passar? Quantas vezes irei olhar para os teus olhos
e sentir o teu abraço, e ter esta certeza? Certeza que fiz as escolhas certas.
Certeza de que tudo o que fiz, foi para chegar aqui, e amar-te, finalmente,
mais uma vez!