É um sorriso, sim. Um sorriso parvo. Daqueles que temos quando as lembranças são boas. Quando as memórias nos fazem sorrir com carinho. Sorrir para dentro com um sorriso parvo.
Acontece comigo também. Porque também me lembro de como nos conhecemos. De como do nada se fez tanta coisa. E sorrio, de igual modo, com um sorriso parvo. Um sorriso de quem guarda, de quem já viveu, em paz.
Incríveis as coisas que passaram, e passam. Incríveis as coisas pelas quais sorrimos, com este sorriso parvo. De uma felicidade ingénua, e quase distante. De uma confiança quase intima. De uma saudade quase perdida.
E estamos felizes por termos partilhado, por termos conseguido ser felizes. Estamos felizes por partilharmos, ainda, este sorriso parvo. Mesmo longe, mesmo aqui tão perto.
Ninguém tira o que passámos. Ninguém tira este sorriso parvo que vem para a minha cara.
Com um sorriso parvo desde Agosto de 2002...
1 comentário:
E há sorrisos parvos?
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