segunda-feira, junho 27, 2011


Quero sempre ver-te tranquilo.
Espero sempre ver o teu olhar calmo e pacífico, que eu sei que tens!

Mas tu não estás. Não estás aqui para que te possa tranquilizar...

E sou eu que tenho de fazer isso? Tu queres que seja eu? Talvez não dependa de mim. Talvez tu nem queiras.

Quando é que é a altura certa para te falar? Quanto tempo tenho de deixar-te longe? Quantos dias devo esperar por uma resposta?

Sabes onde estou. Tens o meu numero e o meu chat. Falas comigo se precisares.

Não vou estar à espera. Já fui muito mais dessas que esperam.

Mas quero tranquilizar-te, dizer que o mundo não acabou. Não acabou só porque a vida como, por alguns instantes, sonhaste, acabou!

Quero tranquilizar-te, e por isso estou aqui! Para ver esse teu olhar... Para te tranquilizar num abraço.

domingo, junho 19, 2011

Assim

Tinha de vir aqui. Escrever. Estava precisar. Numa ânsia de exorcismo. Numa busca de paz.

Queria vir aqui escrever-te. Como se tivesse a certeza que estás desse lado e, tudo o que escrevo é só para ti.

Engano-me. És provavelmente aquele que menos me ouve nestas palavras lidas. Mas é quase sempre para ti que escrevo. Num desejo infinito de tornar mais pequeno este abismo que nos separa.

Hoje, não vou escrever sobre ti, nem sobre nós, nem sobre qualquer coisa que nos une ou separa. Quero escrever só para me ouvires. Só para seres amigo e me leres pacientemente, como se estivesses a ouvir uma estória.

E tenho tanta coisa para te contar, hoje...

Queria-te falar de paixões e desejos, e coisas chatas! Estórias de relações doentias e masoquistas. Cenas da minha vida e da vida dos outros.

Queria-te falar daquela que sou eu, que não conheces. Mostrar-te, em tantas palavras e gostos, aquilo que me tornei. Nunca imaginarias! Nunca eu imaginei, enquanto caminhava pacientemente para o futuro. O meu futuro!

E queria falar-te disso também. De decisões e sonhos. De projectos e desilusões. Do futuro.

Acerca disto lembrei-me de algo que alguém, nalgum, não tão raro, momento mais blue, escreveu. E diz:

the present of the future past frightens me

in not being able to keep it and and to keep me because i'm lost

in the future present of yesterday

E o meu presente está assim, confuso! Quase parece nada, porque é só uma passagem entre o ontem e o amanha! Mas, tambem, quase parece tudo, por ser o amanha de ontem, e o ontem de amanha! E vamos estar toda a vida a programar o futuro... Um futuro que rapidamente se torna presente. Rapidamente se torna passado...

Tão rápido como cheguei aqui, tão rápido como mudei. Tão rápido como desejo que chegue.

Isto porque te queria falar que estou feliz! Vivo feliz neste future present of yesterday! Assustada, como todos. Com demónios que me deviam largar, como toda a gente. Com saudades e desejos reprimidos. Com momentos de mania e depressao. Mas feliz!

Sobre tudo isto queria falar-te, hoje. Ontem. Sempre. Porque espero sempre que me ouças...

segunda-feira, junho 06, 2011

Aaaaahhhhh


Pela primeira vez na minha vida tenho vontade de partir pratos! Deitar tudo ao chão! Estilhaçar copos e tudo mais que possa estar ao alcance da minha mão!
O que vou fazer a esta energia que tenho acumulada? O que vou fazer a este desejo que se acumulou durante toda a noite e todo o dia, e agora está transformado em raiva? O que vou fazer com esta tensão que me faz andar a correr, de punhos fechados? Que me faz empurrar os botões do meu teclado com força e rapidez?
Nunca soube o que era isto? Nunca soube o que era passar do positivo para o negativo com esta rapidez! E agora não sei como canalizar isto que sinto... Porque só me apetece atirar com o computador pela janela!!
Há quem dê murros na parede! Pode ser que resulte...
Inspiro e expiro, tão profundamente que o que atiro cá para fora tem quase o peso das minhas entranhas...


Que parva sou! Que parva sou de viver de esperanças!
Se te visse agora esbofeteava-te!! Para te beijar logo em seguida, com a mesma fora, o mesmo desejo!... Porque sou ainda mais parva por pensar que um (vários) momentos maus vão apagar os bons (muito bons)... Que parva sou por ainda acreditar que não vou repetir tudo de novo!!
Que parva sou por achar que vou mudar, ou que tu vais mudar... Parva por achar que nós e esta coisa que temos vai mudar um dia!
Que parva sou por achar que este desejo vai passar. Finjo que não acredito que o desejo volta, com a mesma rapidez que foi embora, com a rapidez de um relâmpago!
Gosto e não gosto... E isto irrita-me!!

sábado, junho 04, 2011

Querer é Poder! Ou não...


Vivemos entre o Querer e o Poder!! E se fizéssemos mais aquilo que Queremos e Desejamos?

Vamos esquecer o Dever!!
Vamos fazer o que nos apetece, no momento que queremos, no momento que sentimos este desejo!
Porque a vida é um turbilhão, uma constante de emoções que vão e vêm. E se as vivermos naquele exacto momento? Mesmo que não possamos...

- Eu quero! - E vejo isso, e sinto isso. Só fitando os teus olhos, olhando o teu sorriso, sentindo a tua mão e o teu abraço.
- Muito!!
- Mas não posso! - Terríveis palavras estas.

Porque vem sempre um "mas"? Porque vem sempre um "não posso"? E nem sempre são ditos, são sabidos, são lidos no mesmos olhos, com um olhar diferente, no sorriso que se perdeu. Ainda sinto o teu toque, despercebido, fingindo inadvertido. É um toque, que quase sem tocando, tem uma intensidade maravilhosamente intensa. Ainda o sinto, mas é acompanhado com um olhar desejoso, desesperado. Porque não podemos... Porque os padrões da sociedade nos impedem de ficar ali, por mais um tempo, aquele que nos permitia fazer o queremos, o que desejamos.

E queríamos olhar toda noite, rir de nós mesmo, sorrir para nós, num sorriso cúmplice, só nosso. Queríamos, sem dizer nada, sentir! Sentir o toque, os toques. Tocar os lábios e ouvir a respiração. Sentir principalmente este tensão, este ritmo acelerado.
Queríamos o silêncio, este só nosso que me traz tanta calma. Este que me deixa tão tua.

E quero, quero ir, mergulhar em nós. E não gosto de não poder. E não quero ter que deixar este desejo...

Sei bem que este sensação é maravilhosa, que muitas vezes um sonho sabe bem, só bem, antes de ser realizado. E muitas vezes tudo esmorece... Mas eu quero! Quero muito!

E quero poder! Agora, hoje!