terça-feira, setembro 30, 2008

Saudades vossas!

Porque é que este sentimento nos afecta tanto?
Temos saudades de tudo aquilo que gostamos...

Temos saudades de coisas que vivemos e queremos, com toda a força, voltar a viver!

Temos saudades dos lugares, daqueles onde fomos felizes!

Temos saudades das pessoas que são importantes! Porque há pessoas que nos marcam, que nos fazem bem! E quando estão longe... É uma dor... É um aperto... A solidão!

Não sabemos o que fazer, ficamos perdidos, à procura do sorriso, do olhar, da palavra que nos são tão familiares!

E quando uma pessoa está longe de nós, parece que nos falta um pedaço. Um pedaço que nem sabíamos que existia em nós! Mas sentimos tanto a sua falta...

E se for mais do que uma pessoa? É o caos! Parece que todo o nosso ser se separou de nós!

Porque começaram as ferias e cada um foi para seu lado...
Alemanha, China, Tailandia...
E eu aqui, longe... dias e dias sem vos ver! Sem ter noticias...

Custa-me voltar à rotina e sentir que a minha saudade aumenta, quando vocês não estão...
Custa-me querer falar ao telefone contigo horas a fio, e reparar que não consigo porque estás do outro lado do mundo!
Custa-me ter a minha sala vazia, desejosa de vos ter todos a jantar...

É muito tempo longe do que vivo há já 3 anos! E não quero voltar à rotina sem vocês!
Porque fico com as saudades e vai-se a motivação...

Eu preciso dos meus amigos! Preciso dos vossos sorrisos, do vosso olhar, das vossas palavras!
Preciso de vocês comigo, diariamente! Para vivermos a felicidade, para testemunharmos a vida uns dos outros! Para ultrapassarmos juntos todas as dificuldades! Para reclamarmos e lutarmos!
Tenho saudades, tantas saudades vossas! Voltem depressa! Porque quero um abraço apertado...

Momentos inesperados!

É tão maravilhoso deixar-me levar por aquilo que queres de mim...
Pergunto-me como cheguei aqui... Como chegamos a isto?
Foste tu que quiseste? Fui eu? Quem foi?
Eu sei que quando te vi, quando te vi verdadeiramente, eras o que sempre imaginei que serias! Adulto, decidido, meigo, um homem como tantos outros: simples e banal! Mas especial como só tu!
E transmites-me calma, ao contrario do que era de esperar!
Somos iguais, enquanto temos tão pouco em comum! Somos iguais quando despimos todas as máscaras e vive
mos para este momento, com o mesmo sentimento...
E uma certeza que não queríamos estar em nenhum outro lado, apesar de sabermos que tudo isto está errado!
E não é aquela sensação de "parece que já nos conhecemos há tanto tempo!". É uma coisa diferente... É uma descoberta, uma aventura maravilhosa e inesperada!
E não há aquele desejo de "querer para sempre"! Há uma vontade de que cada minuto seja um tempo indeterminado, como se não houvesse mais, como se o dia não amanhecesse nunca!


E fica, mais uma vez, o Pedro, no seu melhor:

Saiu pela noite,
Pelas ruas do Porto,
Procurando os seus olhos
Num copo já morto.
Perdeu-se na vida
Encontrou-a na Foz,
Entre o Molhe e a Avenida
Há tanta gente a sós.
E eu e tu somos iguais.
Esconderam palavras
Por trás das palavras,
Disseram amor
Sem se perceberem.
Dançaram na estrada,
No asfalto dos loucos,
Entre o céu e o nada
Foram morrendo aos poucos.
E eu e tu somos iguais.
E pediram-se um beijo,
Uma mão que os agarre,
Parados no tempo,
Para que o tempo não pare.
E eu e tu somos iguais.
E quando perceberam
Que a noite era só deles,
Mataram desejos
E rolaram beijos
Colados ao corpo,
Perdidos no chão.
Então os dois foram um,
E o tempo nenhum
Para o que tinham para se dar,
Põe o teu corpo no meu,
Deixa a noite acabar.
Então de um fez-se dois,
E o tempo depois
Foi tão pouco para viver,
Põe o teu corpo no meu
Sente o meu a amanhecer.
Enrolou um cigarro
Que fumaram a dois,
Revivendo o prazer
Que viria depois.
Beberam olhares,
Lugares de veneno,
Nas paredes do quarto
O mundo é tão pequeno.
E eu e tu somos iguais.
Partiram no carro
A voar na cidade,
Encantados nas luzes,
Despistando a vontade.
Deram-se as mãos,
E os corpos também,
A 200 à hora
Não os vai vencer ninguém.
E eu e tu somos iguais.
E pararam o mundo
Numa rua qualquer,
Num abraço sereno
Sem ninguém perceber...
E eu e tu somos iguais.
E quando perceberam
Que a noite era só deles,
Mataram desejos
E rolaram beijos
Colados ao corpo,
Perdidos no chão.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Momentos...

Parece que estou só... Mas não queria que parecesse... Porque não estou!
Estarei só, mesmo rodeada de tanta gente que adoro?

Às vezes sinto-me só...

Estendo a mão e não há ninguém que a agarre.

Rio-me e estou feliz! Mas falta-me uma mão na rua! Falta-me um ombro onde me encaixo na perfeição. Um braço forte que me aperte.

Tenho saudades de passar para o lado de dentro do passeio. Na verdade tenho saudades daquilo que quase nao vivi... Quer dizer, vivi, e vivi intensamente! Mas foram momentos tão pequenos...
O que são meia dúzia de horas quando nos sentimos no extremo da felicidade e da calma? Quando estamos verdadeiramente bem?!

Sei que são momentos importantes, que vamos lembrar para sempre! Mas não quero lembrar momentos, quero vive-los!

Eu sei que sou um signo que gosta de viver o passado... E quero aproveitar isso! Vivo coisas tão maravilhosas que quero que se repitam. Quero pegar no passado, pegar em todos os momentos, e traze-los para o presente, e prolonga-los para o futuro!

Porque queria saber se voltarei a ter um banco de jardim virado para o tua, e um caminho feito sempre a pé! Ou terei uma casa na árvore e manhas de sonho! Ou um passeio no Palácio e um amor desconhecido! Ou uma vida a dois e projectos tão próximos!

Eu sei que não posso voltar a todos esses momentos... Mas tenho saudades! Porque fui feliz, muito feliz!

O que tenho vivido são momentos maravilhosos, o que vou viver vai ser ainda melhor! Não serão momentos iguais, mas serão melhores!




Sentem-se ventos de mudança. Sinto-os como uma rajada forte numa tempestade! Não tenho medo! Estou cheia de vontade. Tenho uma ânsia, um desejo, tão fortes quanto o vento!

segunda-feira, setembro 08, 2008

Eu só quero...

Eu só quero...
São as palavras que estão na minha cabeça, quando páro, sem pensar em nada...
E afinal o que é que eu quero? E quero aquilo que preciso?

Eu só quero ser feliz!
Quero ser capaz de tomar as decisões acertadas.
Quero ter muita gente ao pé de mim.

Quero ser bem sucedida em tudo o que faço.

Quero ter tempo só para mim.

Quero trabalhar e ajudar muita gente.

Quero ter a certeza que isto está certo.

Quero saber o que me faz mal.

Quero dar a mão a alguém na rua.

Quero que acreditem em mim.

Quero dar abraços apertados.

Quero aprender muito e saber tudo.

Quero amar.

Quero ser amada.

Quero viver, como se não houvesse amanha.

Quero matar saudades com um olhar.

Eu só quero ser feliz! E é só isso que preciso!

E diz o Pedro:
"Eu só quero que tu saibas quem sou,
Ter a certeza que o meu tempo chegou,
Quero que me digas para partir ou ficar."
E é só isso!