quinta-feira, setembro 29, 2011

Silêncio


Não percebo o silêncio.
Porquê o silêncio quando há tanto para dizer?
Para quê o silêncio?

Só consigo admitir aquele silêncio que sabe bem... Aquele que aparece quando já há telepatia, quando já estamos lado a lado e não precisamos quebrar o silêncio para que muita coisa seja dita.

Mas não entendo o silêncio quando se está longe.
Não há telepatia à distância. Não há conforto no silêncio de quilómetros.
Porque não existe o olhar, o toque, ou o sorriso. Só o silêncio, pesado, duro.

Gosto de falar. Gosto de ouvir.
Não gosto do silêncio quando sei que há tanto para dizer...

Não percebo o silêncio.
Nem o silêncio da ausência de resposta, nem o silêncio da distância.

Não entendo o silêncio entre duas pessoas. Prefiro as palavras, e a telepatia próxima.

Ilusão em fuga...


Se calhar criei uma ilusão. Se calhar tu já não és quem um dia foste. Ou se calhar nem nunca foste, e tudo não passou de uma ilusão.
Se calhar procurei durante tanto tempo alguém que já não é o mesmo. Nove anos... Nove anos estive longe e tentei encontrar em muitos este ilusão perdida.
Se calhar não o vou encontrar nunca mais, aquele que tive, aquele que julgo não ter mudado.

Persegui uma ilusão. Persegui quem me faz falta. Persegui tudo. Continuo à procura, na verdade... À procura de uma ilusão, daquilo que foste.

E tenho medo. Medo de nunca mais te encontrar. Tenho medo de ter perdido a ilusão e a esperança.
Tenho medo da saudade, deste aperto no coração. Medo da desilusão, do esgotamento.
Tenho medo de ti, de não seres, de seres tu que eu não conheço. Medo de mim, da eterna perseguição, de ser esta que não conheces.

Não gosto deste sentimento que, realmente, so poderia sentir por ti. Não gosto da fuga, muito menos da perseguição...

Preciso da tua amizade, do teu carinho. Preciso, preciso de ti, girassol...

Ainda tens? Ainda estás ai? Ou sonhei? Ou afinal suspiro por uma ilusão? Não posso acreditar nisso!

sábado, setembro 10, 2011

Reencontro


Já são 4 da manhã e eu devia era estar a dormir, descansada, com um sorriso nos lábios. Mas tinha de escrever, tinha de marcar este momento.
Nas ultimas 3 horas vivi um reencontro maravilhoso. Quem sabe o que é rever um amigo depois de alguns anos longe? Não um amigo qualquer. Um amigo que foi criado connosco, que cresceu diariamente ao nosso lado, ao mesmo tempo, que viveu (praticamente) a nossa mesma vida.

Já por duas vezes escrevi sobre ti, já por duas vezes nos inclui no nosso "Trio". E hoje, podia voltar a escrever tudo de novo.
Como é maravilhoso este carinho que se instala entre nós. Esta amizade que, apesar de já não viver diariamente, é ainda tão cúmplice.
"Estar aqui ao pé de ti faz-me sentir puto de novo!"
E quase parece que o tempo parou e afinal estamos ainda com 14 anos. Mas, hoje, não revivemos muito, não houve tempo para grandes nostalgias. Hoje, quisemos saber de nós, numa ânsia de perceber se estamos bem. Num desejo de querer saber que rumo tomamos.
Como posso descrever a paz que o homem em que te tornaste, me transmitiu nestas horas? Como te posso explicar que tenho a certeza que vais ser feliz? Que tenho um orgulho enorme em ti...


Foram 3 horas que souberam a pouco, a muito pouco. Não deu ainda para por em dia tanto de nós que falta contar. Tantos pormenores da nossa vida de agora...

Não vou deixar que passe tanto tempo. Não quero que passe tanto tempo.

Obrigada a ti, porque me fazes voltar a mim, nestes reencontros.
Estou feliz por estas horas.
Até breve!


sexta-feira, setembro 02, 2011

Preciso falar contigo...


Porque é que tanta gente precisa de falar comigo nos últimos tempos?
Porque é que todos me dizem "Preciso falar contigo" ?
E se eu nao quiser? E se eu tiver medo de ouvir o que tens para me dizer? E se o meu medo for completamente ridículo?
O que tens para me dizer? Ultimamente não gosto do que ouço... E tenho medo!
Porque é que tu, e tu, e tu, e tu, precisam tanto de me falar? O que tanta gente tem para me dizer?
Sao novidades boas para mim? Sao noticias boas para nós? Sao coisas que realmente me vão interessar? Para quê tanta urgência?
Se fosse urgente, preocupante, dizias logo. Não perdias tempo a dizer que precisas falar comigo. Falavas! Falavas logo, e pronto!
E quando falares finalmente? Vou ficar feliz?

Queria tanto que menos gente precisasse de falar comigo... Queria tanto que mais gente falasse!


E tu, acabaste por leva por tabela, sem culpa! Mas porque foi o "preciso de falar contigo" que faltava para fazer transbordar o copo já cheio...