terça-feira, dezembro 18, 2012

Uma Não-Força!


É doentio, eu sei! Não devia acontecer, eu sei! Eu merecia mais, eu sei! Ela não merece nada disto, eu sei! É injusto eu estar feliz, eu sei! É inexplicável estarmos felizes, eu sei!
E a minha cabeça sabe. E o meu coração sabe. Mas e então?
Não podemos seguir o coração? Não podemos ser felizes? Não podemos lutar por isso? Não DEVEMOS lutar por isso? Não merecemos que a vida dê meia volta para seguirmos o caminho do nosso coração?
É justo que deixemos de ser felizes? É justo que continuemos na mesma, contra todos os bons sentimentos, por pena, por comodismo?
Recuso-me a acreditar que não podemos viver só para deixar viver os outros!
Recuso-me a pensar que a VIDA não é razão suficientemente forte para lutarmos por ela, pela felicidade plena, a todos os momentos!

Mas e se não tivermos força suficiente? Mas e se não tiveres força suficiente? E se não tiveres coragem suficiente?
E se tudo isto que vivemos um e o outro, não for suficiente para a mudança?
Porque, afinal, pode resumir-se a quase nada... Porque afinal não saíamos o que tudo isto foi...
Não gosto quando o sonho acaba. Não gosto principalmente quando o sonho era fácil e fazia sentido. Não gosto quando subimos simplesmente para cair. Não gosto quando caio, mesmo quando a queda está de agum modo programada...

E eu tinha tanta força para lutar. Acreditava tanto que seria (seríamos) capaz de saltar obstáculos, de construir novos caminhos. Sabia, com tanta certeza, que o mundo podia ser (só) nosso!
Mas afinal, nada disso foi suficiente. Afinal eu voava num tapete que deixou, de repente, de funcionar. Perdeu a magia e deixou-me cair, como um tapete normal, feio, sem vida...
E sinto-me em queda livre, a uma velocidade assombrosa. Não me parece que haja um chão elástico, mole, para me amparar. Acredito que o chão que me espera é uma realidade dura, seca. Já me doi... A queda não tem adrenalina nenhuma, não fui eu que decidi atirar-me, por desporto. E não tenho pára-quedas! E tenho medo...

Porque nunca sei o que "até já princesa..." significa. Pode ser um Até Logo? Pode ser um Até Amanha? Ou será que é Até um dia, quando a vida nos juntar de novo?
E quando te li neste "até já princesa...", as minhas pernas fraquejaram. Cambaleei num arrepio, e caí! 
Tive medo. Tenho medo. 
Porque neste "até já princesa..." as minhas certezas não chegam. A minha fé, a minha esperança, não são suficientes, hoje...
Porque caí e hoje não tenho força para me levantar! Preciso dela para me pôr em Stand By de ti...


O dia começou contigo... Acabou contigo... Numa mescla de infinitos sentimentos! 

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Hoje, sou!


Ontem antes de dormir, coincidentemente, li qualquer coisa que dizia qualquer coisa como: "A vantagem de sermos adultos é que podemos tomar as nossas decisões com consciência. E depois de as tomarmos termos a certeza que, para o bem ou para o mal, tudo dependeu de nós." Qualquer coisa assim...

É vantagem? Não era melhor alguém tomar as decisões por nós, para depois termos essa desculpa, e não termos essa responsabilidade?
Mas e depois, se as coisas correm bem? Não é melhor sabermos que dependeu de nós? Que fomos responsáveis por este ou aquele sucesso...

Esta coisa das decisões tem muito que se lhe diga... 

Então ainda tem mais quando as nossas decisões não nos afectam só a nós. Essas é que são verdadeiramente difíceis e marcantes!
Quantas dessas tomaste nas últimas semanas? Quantas dessas eu tomei? Quantas dessas tomamos em conjunto?
E umas pareceram fáceis, porque faziam sentido. Porque todo o sentimento, presente em todas as células do nosso corpo, nos levava nesse caminho.
Outras dessas pareceram mais complicadas, porque representavam mudança na rotina, na maneira de pensar. Mas fizeram-nos felizes depois.
Outras ainda foram as mais difíceis. Essas que estiveram ligadas ao desprendimento, à ruptura. Essas que representam a maior luta dentro de nós. Essas que entendemos, racionalmente, mas não conseguimos conceber na emoção. Porque doem. Porque criam este vazio.

Há dois dias eu sabia que tinhas tomado uma decisão. O teu olhar tinha mudado. Tinha-se (tinhas) perdido a força em nós. Chegaste pela primeira vez à minha casa, com a cabeça organizada. E até o Coração parecia apaziguado com as novas decisões. Quando abri a porta sentiram-se ventos de mudança...
Tinhas tomado uma decisão há muito anunciada. Mas que ainda não tinha vontade de aceitar. 
Foi a melhor decisão! Essa de ficares só. Essa de organizar as ideias. Essa de pensares com o coração e o corpo.

Talvez se precise mesmo de sofrer um bocadinho, de vez em quando. Para ver se equilibramos a balança. Para ver se, pelo menos, conseguimos ver as coisas com outros olhos, mesmo que sejam olhos nublados e húmidos.

Eu não gosto deste vazio. Como não gosto das certezas que tu sempre tens, ou achas que tens, quando entras em mim e decides o que eu sinto. Não gosto desta sensação de "tirar o chupa-chupa à criança". Mas afinal já sou adulta e consigo perceber que pode ter vantagens sabermos o sabor bom do chupa-chupa, mas não o termos. Consigo perceber que tem vantagens, no imediato, no futuro próximo. Mas não para sempre... Porque é impossível estarmos eternamente na espera, e na busca, de algo que é nosso, e nos faz feliz, mas uqe não temos. 

Agora, a vantagem de eu ser adulta é que vou poder tomar a decisão de lembrar, de aproveitar cada bocadinho da nova fase, de esperar. 
Sou uma adulta com consciência e paciência. E hoje, em relação a ti (a nós), não preciso da esperança, porque tenho certezas. Estou certa do que sinto, do que sentimos. Estou certa do que quero. E, de uma maneira inexplicável, estou certa do que vai acontecer... 

E, sabes, eu vou continuar a ser muito feliz contigo. 
Não parece agora, por ter esta sensação "londrina" de ter o meu coração bem longe, lá (aí) do outro lado da cidade. Não parece agora por sentir este vazio desaconchegado...
Mas fui feliz ontem, e vamos ser felizes amanha. (Podes guardar bem essa certeza!)

Tomaste a decisão certa. Precisas de ti, mais do que precisas de mim ou de qualquer outra pessoa. Mas de uma forma, algo egoísta, espero que te encontres rápido! (Não totalmente egoísta, porque quanto mais rápido te encontrares, te resolveres internamente, mais rápido vais poder ser plenamente feliz. E quanto tempo não sabes o que isso é?)