segunda-feira, abril 19, 2010

Gosto disto que temos!

Já uma vez escrevi sobre ti. Daquela que foi a primeira.

Mas quem és tu afinal?

És apenas aquele que me acolhe de vez enquando em momentos fugazes?

És apenas aquele que me faz querer parar o tempo, naquelas horas, naquele lugar?


Nunca quis que entrasses no meu coração. Descobri agora que afinal o meu coração tem espaço para muita gente.

Como uma casa onde cabe sempre mais um. Não há quartos para todos, mas na sala há sempre um bocadinho de chão onde mais um se pode acomodar.

Eu acho que tu não tens direito a uma suite grande só para ti. Mas não estás, com certeza, a dormir no chão da sala!! Porque tu aconchegas o meu coração e o meu corpo, com palavras doces, e o teu corpo!


Gosto disto que temos... Casual, intenso, feliz, sem culpa, sem obrigação. Temos responsabilidade e consciencia. Temos a saudade suficiente para que seja bom. E é bom porque transformamos horas sem significado, em momentos magnificos de cumplicidade.

E é bom porque não deixas que esteja tão só. Porque deixas que entre na tua vida de vez enquando. Sem saber muito de ti, e de mim.

Melhor por isso!!

Gosto disto que temos...

sábado, abril 17, 2010

Vale a Pena!

Vale a pena...
Valem sempre a pena aquelas horas de final de semana na tua companhia.
Fazer viagens sozinha custa. Todas as viagens sozinha custam. E por isso vale a pena a tua companhia, nem que seja apenas só, até um terço do meu regresso a casa!
Aparentemente seriam poucas horas, mas o destino quis que nos fizéssemos companhia durante mais um bocadinho. Pudemos por isso assistir à melhor parte dos dias de chuva: aquele fim de tarde dos dias de Primavera e Verão. Choveu todo o dia, mas, no por-do-sol, o céu está aberto e o sol desenha contornos brilhantes nas nuvens cinzentas, o ar pode entrar pela janela do carro sem nos arrepiar, o ambiente está fresco e nós podemos respirar profundamente, em paz!
Conversamos, cuidamos, rimos, lembramos, sonhamos de olhos abertos e fechados.
A Tatiana que esteve contigo naquelas horas, sou eu mesma! Eu própria, sincera, com todos os defeitos, qualidades e feitios. Viste bem como sou? Não consigo ser senão eu mesma, contigo! E isso é que faz com que aquelas horas valham tanto a pena.
É tão pouco o tempo que partilhamos. É tão pouco comprado com aquele que gostaríamos de partilhar. Tão pouco que arranjamos todas as artimanhas, aproveitamos praticamente todas as oportunidades.
É especial. Não é em todas as amizades que isto acontece. Vale a pena por isso! Vale a pena cada minuto!



"Gostei do que escreveste na fotografia!" Gostei de ter escrito. Foi sincero, directo do cantinho que te pertence no meu coração!


"Vale sempre a pena quando a alma não é pequena!" E a nossa é grande!!

segunda-feira, abril 12, 2010

Tenho-te sem ti

Tenho-te na escuridão e no medo. Sei que te tenho só quando não és mesmo tu!
Porque beijas e abraças de uma forma instintiva, sem pensar. Quando pensas parece que cais na realidade. E queres sem querer, não queres, querendo.
Se demorasses mais tempo a cair na consciencia, eras meu por um maior espaço... de tempo. Mas depressa te lembras onde estás, com quem estás, e quem sou eu. Nesse momento tão rápido não queria ser eu. Seria apenas aquela que desejas na insconsciencia e no instinto. E só aí te teria na luz, sem medo!
Eu não sei porque me encontro, com tanta facilidade, com homens como tu, capazes de serem, normalmente, frios com o olhar. Como se a natureza vos tivesse moldado dessa forma. Na realidade, a vida moldou-vos dessa forma.
Porque são verdadeiramente quentes, com fogo no olhar. E eu não queria que fossem tão raras as vezes que me mostras esse olhar, sem medo.
Talvez leve tempo, confiança. Talvez noutro tempo, noutro lugar. Talvez possa esperar por ti em plena consciencia. Ou talvez tenha mesmo de ser assim, e só para mim é que são raros os momentos de olhos quentes. Talvez não sejam para mim destinados.
Procurarei outros, para ver na luz. Na escuridão terei sempre os teus: claros, novos, desejosos de viver!