terça-feira, dezembro 18, 2012

Uma Não-Força!


É doentio, eu sei! Não devia acontecer, eu sei! Eu merecia mais, eu sei! Ela não merece nada disto, eu sei! É injusto eu estar feliz, eu sei! É inexplicável estarmos felizes, eu sei!
E a minha cabeça sabe. E o meu coração sabe. Mas e então?
Não podemos seguir o coração? Não podemos ser felizes? Não podemos lutar por isso? Não DEVEMOS lutar por isso? Não merecemos que a vida dê meia volta para seguirmos o caminho do nosso coração?
É justo que deixemos de ser felizes? É justo que continuemos na mesma, contra todos os bons sentimentos, por pena, por comodismo?
Recuso-me a acreditar que não podemos viver só para deixar viver os outros!
Recuso-me a pensar que a VIDA não é razão suficientemente forte para lutarmos por ela, pela felicidade plena, a todos os momentos!

Mas e se não tivermos força suficiente? Mas e se não tiveres força suficiente? E se não tiveres coragem suficiente?
E se tudo isto que vivemos um e o outro, não for suficiente para a mudança?
Porque, afinal, pode resumir-se a quase nada... Porque afinal não saíamos o que tudo isto foi...
Não gosto quando o sonho acaba. Não gosto principalmente quando o sonho era fácil e fazia sentido. Não gosto quando subimos simplesmente para cair. Não gosto quando caio, mesmo quando a queda está de agum modo programada...

E eu tinha tanta força para lutar. Acreditava tanto que seria (seríamos) capaz de saltar obstáculos, de construir novos caminhos. Sabia, com tanta certeza, que o mundo podia ser (só) nosso!
Mas afinal, nada disso foi suficiente. Afinal eu voava num tapete que deixou, de repente, de funcionar. Perdeu a magia e deixou-me cair, como um tapete normal, feio, sem vida...
E sinto-me em queda livre, a uma velocidade assombrosa. Não me parece que haja um chão elástico, mole, para me amparar. Acredito que o chão que me espera é uma realidade dura, seca. Já me doi... A queda não tem adrenalina nenhuma, não fui eu que decidi atirar-me, por desporto. E não tenho pára-quedas! E tenho medo...

Porque nunca sei o que "até já princesa..." significa. Pode ser um Até Logo? Pode ser um Até Amanha? Ou será que é Até um dia, quando a vida nos juntar de novo?
E quando te li neste "até já princesa...", as minhas pernas fraquejaram. Cambaleei num arrepio, e caí! 
Tive medo. Tenho medo. 
Porque neste "até já princesa..." as minhas certezas não chegam. A minha fé, a minha esperança, não são suficientes, hoje...
Porque caí e hoje não tenho força para me levantar! Preciso dela para me pôr em Stand By de ti...


O dia começou contigo... Acabou contigo... Numa mescla de infinitos sentimentos! 

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Hoje, sou!


Ontem antes de dormir, coincidentemente, li qualquer coisa que dizia qualquer coisa como: "A vantagem de sermos adultos é que podemos tomar as nossas decisões com consciência. E depois de as tomarmos termos a certeza que, para o bem ou para o mal, tudo dependeu de nós." Qualquer coisa assim...

É vantagem? Não era melhor alguém tomar as decisões por nós, para depois termos essa desculpa, e não termos essa responsabilidade?
Mas e depois, se as coisas correm bem? Não é melhor sabermos que dependeu de nós? Que fomos responsáveis por este ou aquele sucesso...

Esta coisa das decisões tem muito que se lhe diga... 

Então ainda tem mais quando as nossas decisões não nos afectam só a nós. Essas é que são verdadeiramente difíceis e marcantes!
Quantas dessas tomaste nas últimas semanas? Quantas dessas eu tomei? Quantas dessas tomamos em conjunto?
E umas pareceram fáceis, porque faziam sentido. Porque todo o sentimento, presente em todas as células do nosso corpo, nos levava nesse caminho.
Outras dessas pareceram mais complicadas, porque representavam mudança na rotina, na maneira de pensar. Mas fizeram-nos felizes depois.
Outras ainda foram as mais difíceis. Essas que estiveram ligadas ao desprendimento, à ruptura. Essas que representam a maior luta dentro de nós. Essas que entendemos, racionalmente, mas não conseguimos conceber na emoção. Porque doem. Porque criam este vazio.

Há dois dias eu sabia que tinhas tomado uma decisão. O teu olhar tinha mudado. Tinha-se (tinhas) perdido a força em nós. Chegaste pela primeira vez à minha casa, com a cabeça organizada. E até o Coração parecia apaziguado com as novas decisões. Quando abri a porta sentiram-se ventos de mudança...
Tinhas tomado uma decisão há muito anunciada. Mas que ainda não tinha vontade de aceitar. 
Foi a melhor decisão! Essa de ficares só. Essa de organizar as ideias. Essa de pensares com o coração e o corpo.

Talvez se precise mesmo de sofrer um bocadinho, de vez em quando. Para ver se equilibramos a balança. Para ver se, pelo menos, conseguimos ver as coisas com outros olhos, mesmo que sejam olhos nublados e húmidos.

Eu não gosto deste vazio. Como não gosto das certezas que tu sempre tens, ou achas que tens, quando entras em mim e decides o que eu sinto. Não gosto desta sensação de "tirar o chupa-chupa à criança". Mas afinal já sou adulta e consigo perceber que pode ter vantagens sabermos o sabor bom do chupa-chupa, mas não o termos. Consigo perceber que tem vantagens, no imediato, no futuro próximo. Mas não para sempre... Porque é impossível estarmos eternamente na espera, e na busca, de algo que é nosso, e nos faz feliz, mas uqe não temos. 

Agora, a vantagem de eu ser adulta é que vou poder tomar a decisão de lembrar, de aproveitar cada bocadinho da nova fase, de esperar. 
Sou uma adulta com consciência e paciência. E hoje, em relação a ti (a nós), não preciso da esperança, porque tenho certezas. Estou certa do que sinto, do que sentimos. Estou certa do que quero. E, de uma maneira inexplicável, estou certa do que vai acontecer... 

E, sabes, eu vou continuar a ser muito feliz contigo. 
Não parece agora, por ter esta sensação "londrina" de ter o meu coração bem longe, lá (aí) do outro lado da cidade. Não parece agora por sentir este vazio desaconchegado...
Mas fui feliz ontem, e vamos ser felizes amanha. (Podes guardar bem essa certeza!)

Tomaste a decisão certa. Precisas de ti, mais do que precisas de mim ou de qualquer outra pessoa. Mas de uma forma, algo egoísta, espero que te encontres rápido! (Não totalmente egoísta, porque quanto mais rápido te encontrares, te resolveres internamente, mais rápido vais poder ser plenamente feliz. E quanto tempo não sabes o que isso é?)



quinta-feira, novembro 29, 2012

Silêncio

   Hoje não quero falar! Acordei com esta vontade imensa de silêncio...
   Hoje quero estar bem quieta, bem sossegada. 
  Para que a minha cabeça não exploda se eu disser uma palavra. Para que o meu coração não se inquiete de cada vez que eu falar...
  Hoje não queria ter esta profissão. Não queria falar com ninguém, sobre os problemas de ninguém. Não quero fazer perguntas, não quero ouvir respostas. Não quero fazer conversa sobre nada que não seja eu, e o meu silêncio, e o meu olhar.
   Hoje não quero falar com ninguém. Só contigo.
   Quero atender o telefone e ouvir o teu sorriso. Quero olhar o teu olhar e ouvir as tuas palavras. Quero falar muito sem dizer nada. 
   Hoje quero encaixar-me em ti, e não falar nada o dia todo! Sentir o prazer do nosso silêncio. Beber das tuas palavras. Hoje só quero isso!




terça-feira, novembro 27, 2012

olá

Já te disse que detesto despedidas? Já te disse que detesto que abalem o meu mundo e depois me digam Adeus?

A minha sorte é que foi um Até já. Ou até qualquer dia! Nada disso me conforta ainda. Consigo perceber, porque não é uma ligação qualquer. Consigo entender porque tens essa certeza. Mas ainda não me conforta essa ideia. Ainda me sinto vazia. Com esperança, sim, porque tenho a certeza que vou ficar bem. Porque vivi tanto e tão bem e tão intensamente estes dias, que o copo encheu. E agora posso dar-me ao luxo de o esvaziar um bocadinho.

Já te disse que detesto despedidas? Já te disse que detesto esta sensação de saudade, de manhã quando acordo?

Foi tão bom reencontrar-te. Está a ser tão bom redescobrir-te, relembrar-me de ti. Para sempre vou olhar nos teus olhos e ter a certeza que já te conheço. De outros tempos, de outras vidas. E ainda bem que voltaste. Ainda bem que os nossos caminho se voltaram a cruzar tão cedo nesta vida. Temos o tempo todo agora. E posso esperar, não parando. E posso sentir saudades, sem sofrer. Não me sinto a sofrer, porque vou encontrar sempre o conforto no teu abraço. Dele não me vou despedir.

Já te disse que detesto despedidas? Já te disse que detesto ter saudades tuas sempre que te vejo?

É desesperante esta incapacidade de ti. Esta ausência de presença. Porque somos nós, porque faz sentido. Então, porque não? Para quê sentir esta convulsão, esta dor que se instala no Estômago e no Coração? E que é tão boa... Como se a minha alma, como se o meu corpo, estivessem só à tua espera. E tudo até hoje faz sentido, só para estar aqui, contigo, a sentir saudades!

- Já te disse que detesto despedidas?
- Nada dura para sempre!

Está enganado, sabes? Porque este amor dura para sempre. Porque as memórias duram para sempre. Assim como o teu olhar para mim, assim como o teu toque no meu corpo, assim como os teus lábios no nosso beijo doce. E dura... Como uma tatuagem marcada nas minhas costas. Que dura para sempre...

Já te disse que detesto despedidas?
É por isso que te vou encontrar sempre, junto a um qualquer farol, numa busca de nós. Pode ser que ele nos guie, como faz aos barcos...



Já te disse que detesto despedidas? Sorte a minha que é um Até Já!

Sonho Amarelo


E que sonho. Fui sonhar com uma casa. A nossa casa.
E que sonho. Tao real quanto este amor.  Tão perfeita como nós.

Sonhaste hoje? Sim!

E que sonho. Sonhei connosco. Aquela casa que vamos governar juntos.
E que sonho. Vou procurar. Vou encontrar-la, para nós.

E tem jardim, uma hortinha para ti. E tem rio, assim entre o rio e o mar.
E tem-nos, porque te vi entrar. Assim com a sobrancelha meia levantada e a testa meio enrugada. Com esse olhar profundo que tens para mim.

Foi tão claro, que quase nem dá para acreditar.
Foi tão claro, que quase posso dizer exatamente onde é! Tem encosta. Não muito acentuada. E uma varanda grande. Há muitas folhas amarelas na nossa relva.

E que sonho!

E tu sonhaste?

segunda-feira, novembro 19, 2012

Copos cor-de-rosa

Talvez seja mesmo assim... E o copo esteja sempre meio-cheio.
Prefiro assim. Para ter o lado positivo das coisas. Para ver o mundo cor-de-rosa...
Vivo enganada? Num mundo de faz-de-conta?
Talvez seja por isso que me cruzo com tanta gente que anda de óculos escuros: para que me possam mostrar um lado mais negro da vida. Um realidade mais cinzenta... Ou assim, castanha!
Deve ser por isso que tanta ente me desilude. Mas também, deve ser por isso que dou tantas oportunidades a toda a gente! Porque vejo sempre o pormenor cor-de-rosa.
Vivo em vantagem então! Vejo para além do espectro da escuridão. A minha palete de cores é um bocadinho mais colorida: por mim, estou de lentes rosa, pelos outros, vou tirando os óculos de vez enquando!
Não é muito melhor ter o copo meio-cheio?! E esperar sempre o melhor. E ter paciência para encontrar os pormenores. 
Encher o copo torna-se mais fácil... 
E se a água vai evaporando, vamos enchendo com lembranças!

domingo, novembro 18, 2012

Your hands!




It is special what you do. It is special what i'm feeling in this peaceful moment. 
No rush, in a day like this. 
I'm loving you and your creative moment. I'm loving you loving your creation.
That a sense of a new rising!
It is amazing how you feel music. It is amazing how can i feel music through you, in your magic creative moment.

Não há muitas maneiras de descrever a sensibilidade, a paixão que depositas em cada tecla. Não há muitas palavras capazes de dizer exatamente o que sinto com este sorriso parvo que se instala nos meus lábios. 
Que palavra existe para esta sensação de conforto?
Porque é indescritível o movimento dos teus dedos. Porque é como se me tocasses... Como se deslizasses na minha pele.... Arrepia quase da mesma maneira.

E tudo é como sempre. O momento em que tudo fica lá fora. O momento em que todos os conflitos se desvanecem. E ficamos nós. Num momento só nosso. Num nosso tempo único.
E este especial. Diferente. Talvez por estou na tua cama, sem tu me teres na tua cama. Talvez porque te ouço pela primeira vez. Talvez porque soube que, ao contrário do que sempre acontece, este momento vai ter uma eternidade. Criada no papel e nas teclas...

O sentimento de prazer vem do som, do conforto que transmites com o olhar e com a certeza que imprimes em cada dedo, em cada tecla.
Como se tocasses só para o meu coração. E tocas só para nós. Este nós que existe tão poucas vezes, em cada nota que tocamos. Em tão poucos toques.
É um novo prazer, que vem dos outros sentidos.
Quase esquecendo esta vontade que tenho dos teus lábios!

It is amazing what is happening here. It is amazing how can you show me all this new world of creation. I'm loving the share. I'm loving to be part of it.
What a new, cosy, amazing feeling!

segunda-feira, outubro 22, 2012

A Place Inside You

There is a place full of sunsets. The place where you live. 
It is not quiet, with too menu people. It is not an ideal place, but a creative one. A new and exciting place, for you an your music, for you and your eyes, for you and your search for adventure.
There is a place that was mine, once. The place where you live.
It is a sunny and bright place. Fits you like home. A place for you to find a purpose not so far away from home. 

There is a place...
Maybe is the place where i will find the sunrise again.

quarta-feira, outubro 17, 2012

tua chuva

  Até já tinha desligado o computador. Até já tinha feito um turn off ao dia de hoje.
  Mas está a chover. Está a chover tanto que só me apeteceu falar-te, dizer-te que a melhor paisagem de Vila Real está inundada de chuva. As luzes na montanha estão desfocadas pelo nevoeiro. E tudo forma um momento quase mágico!
  Queria que te sentasses aqui comigo. De luz apagada, a ouvir a chuva cair no meu telhado. Queria que não precisássemos de dizer nada, e vivêssemos juntos, também, este momento. Assim tão simples. Assim tão natural.

  Esta cidade ficou também tua, de repente. E é estranho, mas bom. E é estranho, mas saudoso. Nem esta água toda limpa a saudade.

terça-feira, outubro 09, 2012

Autumn Colors

- Autumn is my favorite season!
- Really? Not at all!!
- It's because of the colors... I love this yellow-orange-red, mixed with all the green!
- But, it's so sad with all the rainy, foggy days...

And there i was, sharing with you one of my favorite places, in a Autumn Sunny Day. You are lucky, because you arrived in really good weather. If you would arrive today, you wouldn't like this city, my city. And i'm so lucky that i can show you this little paradise, that i can share with you all the small secrets!
I never guessed that i could be so happy with my decision. Again Chinese Medicine?! But all the doubts are vanished now, because i have i smile on my face when i think about the little group of friends that we made in so little (but intensive) time!
And now i miss classes. Crazy i know... But i connected with the little group. And i really enjoyed those nine days we had!

Today it's raining. I can't go out to see the Autumn colors, and it's sad.
Cristal Park it's not the same with all this fog, and without friends...

quarta-feira, setembro 19, 2012

Nostalgia


sou um bocadito masoquista no que toca à nostalgia
mas acho que faz parte da cura


  Revejo-me nestas palavras como se fossem minhas. Nestas palavras de um amigo que outrora o descreveram tão bem.
  Sou assim, sempre fui. Nostálgica. A olhar para o passado como se o quisesse viver todo de novo. E fico triste. Mas massacro-me, numa atitude mesmo masoquista. Sempre fui assim, e custa-me ser de outra maneira. Como se o presente até magoasse mais do que a própria nostalgia, do que a própria saudade.
  É um processo de interiorização, que leva o seu tempo. Preciso dele para avançar, preciso dele para a cura, para crescer saudável.
Pensando bem, porque será que gosto tanto de olhar para trás? Porque será que tenho esta necessidade de ter saudades? Porque é que me sinto bem a projectar um futuro baseado no passado, no que poderia ter sido o passado?
  Não vivo plenamente feliz assim, sempre a olhar para trás, sempre com saudades. Como se o presente não me preenchesse de uma forma completa... Se calhar preciso de mais realização. Tenho esperança nesse ideal: Amor e Realização. Chegarei lá? Um dia... Como se faz?
  E mais uma vez massacro-me com a ideia de que se calhar não fui tomando as decisões certas até aqui. Se calhar estaria mais realizada, hoje, se tivesse optado por outras coisas, por outras pessoas, ontem. Tenho a sensação, agora, de ter caminhado, até hoje, sempre pelo caminho do lado: aquele que estava feito em paralelo ao que realmente devia estar a pisar. Às vezes tenho saudades desse caminho que nunca cheguei a percorrer. È possível isso? É saudade, ou é arrependimento?
  Passo por todas estas sensações, vivo tudo o que já vivi, em memórias, em cartas, em fotografias... Como se precisasse disso para me pôr à prova. Como se precisasse disso para a cura, para construir, para projectar o futuro.
  Mas estes são momentos duros... De nostalgia, de saudade. Conforta-me só a certeza que estou, hoje, a viver momentos que me trarão saudade amanha. Se assim é, vivo!
  Sou assim masoquista, no que toca à nostalgia. Mas preciso disso para viver. Porque essa sou eu. E é maravilhoso ser eu! Eu que vivi tudo do que tenho saudades.

terça-feira, agosto 14, 2012

Crónicas na Primária!


O meu blog está de Parabéns! Seis anos... Como o tempo passa! E como a vida passa. E se desenrola em palavras durante tanto (e tão pouco) tempo...
A minha vida mudou, o mundo mudou, durante estes 6 anos. E estou feliz por ter este registo, por existirem estas "crónicas" para me ajudarem a lembrar momentos, pensamentos, vivencias, interrogações. Para me matarem saudades e voltar atrás no tempo sempre que preciso.
Criei este blog só com uma regra: sinceridade! Páginas brancas para uma pessoa transparente. Com titulos e sub-titulos, P.S.'s e entre-linhas! Criei este blog, há 6 anos porque:


"
Talvez porque precise que os amigos saibam o que sinto, os conhecidos saibam o que penso e os desconhecidos deixem de o ser! Talvez porque tenho necessidade que todos me vejam (e se vejam) nas minhas palavras. Porque quero que saibam o que me faz feliz e aquilo que me desagrada. Porque quero dizer como sou, onde estou, o que sou. Porque sou daquele tipo de pessoas que gosta de escrever o que sente e que manda uma mensagem após cada encontro e cada momento importante.
Só para dizer o que senti, o que sinto, o que me esqueci de dizer, ou nao tive coragem.
Porque sempre imaginei viver no tempo em que tudo se dizia numa carta. Em que cada pessoa sabia o que a outra queria dizer só pela maneira de escrever meia duzia de palavras. Em que coisas importantes nao eram discutidas numa troca de mensagens, e se dizia tudo numa folha de papel, sem esquecer o fundamental.
Sempre gostei de escrever aquilo que penso. Quero que os amigos digam "tinha a certeza que ela ia dizer isso" e que cada um saiba que estou a falar de si mesmo quando refiro coisas importantes para nós. Quero que todos possam ler-me em momentos de felicidade ou de desassossego, e possam identificar os proprios problemas, as próprias mudanças.
Por tudo isto (e por tantas outras coisas que irão aparecer) criei este blog. Para que possa gritar sem que ninguem me ouça ("gritos silenciosos" como diz aquele que me inspirou!).
Espero que gostem, que se iludam e desiludam, que sorriam ou chorem, que se inspirem ou percam a imaginação. E sonhem, viagem, saiam daqui. E vivam, vivam!
São agora "Crónicas de uma vida por viver", mas só porque nao me chega aquilo que ja vivi, e quero mais! :)
"

E as razoes são as mesmas. Continuo por outros tantos anos, porque tenho as mesmas necessidades. E estou bem contente com o que fiz até hoje!
Vou continuar porque gosto dos feedbacks, porque tu que me lês te identificas e sorris, mas, principalmente, porque me sinto bem!

Obrigada!

quarta-feira, agosto 08, 2012

2,7

   Naquela noite de Sábado, os meus olhos viram... Viram o que sabiam existir, mas comprovaram! 
     É uma grande verdade essa coisa do "o que os olhos não vêm, o coração não sente"!
      Os olhos viram, e o coração sentiu. E ficou magoado. Não magoado de Amor, mas de respeito! 
          É possível isso?
         Foi como se o único compromisso que existia entre nós, que era um compromisso de respeito, fosse quebrado. Assim em poucos minutos, numa sucessão de gestos e cumplicidades. 
            Durante dois anos e sete meses houve tanto e tão pouco entre nós. Numa relação que quase nada exigia, porque havia respeito, harmonia, cumplicidade. E mais nada devíamos um ao outro.
               Mas, sem saber explicar muito bem porquê, o meu mundo abanou. Parece que perdi um porto seguro. Um porto ao qual não tenho vontade de voltar.
                    Os meus olhos não vão olhar-te mais da mesma forma...


segunda-feira, junho 11, 2012

num click

Queria falar contigo. E era tão fácil. Estavas à distância de um click. Era só tocar naquele quadradinho que aparece no canto do meu ecran. Era só tocar-lhe e escrever. Podia dizer tudo o que me apetece dizer-te. Podia escrever só: "olá". E tu ias ver. Porque ia saltar uma janela no teu ecran. O que é que estivesses a fazer, ias saber que alguém te queria falar. Ias ler. Mas não ias responder. Se calhar lias e fechavas a janela de imediato. Suspiravas de desprezo ou de tristeza. Mas fechavas a janela sem responder. E o meu coração ia apertar mais um bocadinho. Talvez o teu também aperte. Mas les-me sem escrever nada de volta.
Queria falar contigo. Há uma hora que estou a olhar para este quadradinho no canto do meu ecran. Estou a tentar equilibrar a emoção e a razão. Não quero um nada, mas e se... E olho para ti com uma vontade enorme de te ver. É o que resta quando ganha a razão. E o coração perdeu, hoje, mais um click, com medo de ficar apertadinho.
Queria falar contigo. E era tão fácil.


sábado, junho 09, 2012

Dinner with friends.

É um conforto que preenche o coração. Uma espécie de aconchego para a alma. Reencontrei-vos e não vos vou largar de novo!
Quero jantares maravilhosos. Quero receber-vos. Quero lembrar. Quero relembrar. Quero puxar memórias. Quero criar momentos novos. Quero viver de novo. Quero tudo novo.
Quero surpresas, surpresas assim . 
Porque é fácil. Porque afinal, apesar de todas as mudanças, o destino nos juntou, de novo, neste lugar de antes. E deve haver boas razões para isso. E há boas razões para isso. Somos nós, nós em cada um de nós.
Obrigada por ser possível.
Obrigada pelos sorrisos e pela cumplicidade.
Obrigada pelos olhares de anos.



Há palavras para o que aconteceu?

quarta-feira, maio 09, 2012

Misturei a esperança.

    Estava no Martim Moniz na ultima vez que te ouvi. Era a primeira vez que estava ali. E olha que morei em Lisboa quase 6 anos! Mas nunca tinha lá ido, não como fui daquela vez.
E tu ligaste-me enquanto eu procurava cremes para o cabelo, com a Marta. 
   " - São maneiras de falar? Essas com sotaque açoreano?" Perguntaste com o teu tom tripeiro que não te deixou mesmo depois de ires embora.
   Estava feliz, com o meu sotaque açoreano, misturado com o tripeiro que não me deixa, principalmente aqui no meio do Martim Moniz, onde as culturas se misturam tanto.
    Ali estava eu, num teu momento de proximidade. 
   
    Não te ouvi mais desde então. Também perdi o meu sotaque açoreano. Já nada se mistura num telefonema.

      E hoje voltei ao Martim Moniz. Talvez na esperança que o telefone tocasse. E eu pudesse ouvir-te de novo, num orgulhoso tripeiro, nas promessas não cumpridas.

quarta-feira, abril 18, 2012

Recordando o futuro...

"Quando estou contigo, volto a ter 14 anos!"
Foi o que disseste da última vez que nos vimos. Já não disseste nada disso desta vez. Porque agora éramos dois adultos que se encontraram para falar. Quase não matámos saudades, quase não lembrámos o passado. Falámos do que somos, do que fomos durante estes anos, do que queremos ser, e fazer, e realizar.
Estamos diferentes. Claro que estamos diferentes. Já aprendemos tanto, já vivemos tanto, que seria impossível não estarmos diferentes. Surpreendemos agora. Belas surpresas. Mas gosto que estejas na mesma. Gosto de te conseguir identificar em tantos pormenores tão teus! Tenho um orgulho imenso nas diferenças, e naquele que és hoje.
Tivemos um fim de semana curto, mas bom. Onde até o silêncio fez sentido.
É fácil partilhar com alguém que conhece o nosso fundo, alguém que faz parte da nossa base, alguém que nos formou. Numa altura em que o futuro estava longe, e os sonhos nem tinham realidade.
Hoje, sabemos que aprendemos muito enquanto estávamos juntos, mas queremos saber tudo o que aprendemos enquanto estivemos separados. Hoje, gosto de conseguir confiar, de falar com sinceridade, como se o tempo não tivesse passado.



E hoje, vivi 24 horas contigo. Foi simples, foi bom. Obrigada! 
Obrigada por ser quem sempre foste. Obrigada por todos os pormenores! Obrigada pelas surpresas! Obrigada por ter sido fácil recordar o futuro.
Boa Noite :D

quarta-feira, março 14, 2012

Keep

O dia ia ser bom! Tinha tudo para ser bom. E foi!
Começou perfeito, com o sol a entrar pela janela, e um sorriso, e um beijo fresco. Tudo começou na perfeição... E vi o mar a bater nas rochas, num fresco incrível, numa pureza maravilhosa.
Sabia que ia ser perfeito! Sabia que tinha tudo para ser perfeito. E foi!
Porque aquelas primeiras horas da manhã traziam uma energia grande, imensa! 
Porque disse "Bom dia Alegria!" mal abri os olhos, mal cheguei a casa. E tive um sorriso como resposta, e tive um resposta, uma verdadeira resposta!
Tudo fluiu, num nervoso miudinho, numa ansiedade tão, tão feliz!
Horas boas, perfeitas! Horas que quero assimilar, e reter na minha memória sempre, para sempre.
Momentos que só apetecem absorver, sugar tudo, e guardar. 
E vou guardar os abraços matinais. O olhar de final de tarde. 
Guardar, guardar, guardar. Para não esquecer como tudo pode ser perfeito! Para lembrar como é fácil repetir dias assim.

Gosto disto que temos! Gosto de ti! Gosto de ainda gostar de ti!

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

3160

Faço 3160 km em viagens, por mês!
São, mais ou menos, 26h sentada no carro ou no comboio.

Três mil, cento e sessenta quilómetros para pensar...

Entrar no comboio, e pensar de costas, à janela. Entrar no carro, e pensar, de mãos no volante.

Quantas vezes me acontece chegar ao destino, depois de um trajecto já mecanizado, e pensar: "Ah! Já cheguei! Como e que já cheguei?!" Porque o meu pensamento estava absorto, alheio da estrada. A atenção estava nas curvas, mas o pensamento estava na vida.
Penso em mim, na minha agenda, nos meus pacientes, nos meus amigos, na minha familia, nos meus problemas e nos problemas dos outros. Vou resolvendo os meus horarios e planeando os proximos destinos. Vou resolvendo diagnosticos e planeando tratamentos. Vou resolvendo conflitos e planeando reconciliações, comigo mesma, com os outros.

Vinte e seis horas, por mês, a pensar...


E quando penso em tanto pensamento, lembro sempre um amigo que disse: "Com tantas viagens, ou ficas maluca ou tornas-te uma grande pensadora!" Continuo muito inclinada para a segunda hipótese! Não serei uma grande pensadora pronta a encontrar a solução para os problemas no mundo e da humanidade, mas tento sempre, em 3160km, encontrar o rumo, a solução para o meu mundo. E sonho, sonho muito!
Serei então uma grande pensadora, uma grande sonhadora.

Três mil, cento e sessenta quilómetros!
Quase que vou e venho ao Faial, no mesmo mês.
Ainda me sobram quilómetros se quiser ir a Nice, uma vez por mês.

Para o Brasil ainda faltam... Preciso de uns 2 meses!

Sorte que o pensamento percorre todos esses sítios, sem contabilizar quilómetros!

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Tempestade

E de repente começou uma tempestade! Em pleno alto-mar...
O barco, construído ao longo de 25 anos, parecia robusto. Mas não foi o que aparentava, não fui suficientemente para aguentar esta tempestade. Não esta, cheia de vento, chuva, trovões, e ondas muito altas...
Abanou, abanou... Alterou momentos de estabilidade com aqueles em que foi metendo água. 
Mas tudo à volta estava revolto. O mar sereno e infinito estava transformado numa autentica panela com água a ferver!
E o barco não aguentou, e virou. Deitou à água a sua mais fiel passageira. E naufraguei...

Claro que eu sabia nadar. Claro que nunca tive problema algum com a água. Mas nunca ninguém me ensinou a nadar contra todas as marés, a ser mais forte que todas as águas, e superior a todas as ondas.

E perdi forças! Assim como o meu barco, alternei a esperança com a desistência, a coragem com o medo.

A tempestade acalmava de tempos a tempos. E o Sol brilhava, e eu sorria. Mas de repente, estava sozinha de novo... E a chuva recomeçava, e eu voltava a gastar todas as forças!



Um dia, depois de muitos dias, o Céu abriu de uma maneira diferente. Senti uma mão a puxar-me, a segurar-me. O sítio para onde me levou não é terra firme, não é "casa". Mas aqui já não há ondas gigantes, e os ventos são mais fracos. Ainda chove, chove daquela água que limpa... O Céu não está azul, mas as nuvens são mais claras.

A partir daqui volto a construir o barco. Reforço tudo o que ficou partido, e torno-o mais forte, para as próximas tempestades. 
Um dia volto a po-lo no mar. Ganho força e o mar volta a ser calmo e infinito.

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Amo-te


Há muito tempo que quero dizer "Amo-te". Com uma sensação forte, sem saber bem porque, ou a quem... E hoje, li: "Não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho!" - Pelos vistos é uma frase descritiva do meu signo!

E quando quero dizer Amo-te, lembro muito de ti.


Amo-te...

Amo-te por teres comigo esta amizade que nao sei explicar.

Amo-te por me amares sem saber.

Amo-te por cuidares de mim so com um olhar, com um abraço.

Amo-te por não precisar de dizer nada, e por me ouvires quando digo tudo.

Amo-te pelo apoio que dás, sem apoiar.

Amo-te pelo passado, pelo tempo que passámos na vida um do outro.

Amo-te pelo presente, pelo tempo que conseguimos conciliar.

Amo-te pela ausencia e pelos reencontros.

Amo-te pelos Reveilons, festas de aniversário, e tantas outras festas a que não assistimos.

Amo-te pelos jantares e licores Beirão.

Amo-te pela minha cama, o nosso hotel, e os nossos jardins do Palacio.

Amo-te por aquilo que sou quando te olho, quando te sinto, quando te estranho.

Amo-te por te conhecer sem fazer perguntas.

Amo-te por leres os meus pensamentos.

Amo-te por ter a certeza do que sentimos quando estamos tão longe e tão perto.

Amo-te pela proximidade e pela saudade.

Amo-te por ser eu propria, mesmo quando não pareço.

Amo-te por me amar quando estamos juntos.

Amo-te por esta sensação de incerteza e prazer.

Amo-te pelo teu calor e pela tua frieza.

Amo-te por não saber se é Amor isto que sinto.


Amo-te por nao conseguir dizer que te Amo.