terça-feira, julho 26, 2011

Estado de Antagonia

Agora que atingi o quarto de século, existe em mim uma espécie de "antagonia".
Eu sei que essa palavra não existe, mas acho que devia existir! Por causa destes sentimentos opostos, contrários, antagónicos, que estou a sentir. Porque tenho agido antagonicamente, de uma forma contrária aquilo que era normal.
E vou definir como "Estado de Antagonia". Deveria ser Estado de Antagonismo, mas antagonia transmite bem melhor esta sensação de desconforto, de agonia! Mas esta sensação nem sempre é uma sensação de agonia-má, é, muitas vezes, uma agonia-boa. É, mais uma vez, uma sensação antagónica.

Este Estado de Antagonia que se apoderou de mim, agora que fiz 25 anos, já se vinha a instalar, aos poucos, devagarinho. Já há algum tempo que o andava a prever, que via que qualquer coisa ameaçava o meu Estado de Calma.

Nesta Antagonia sinto-me um bocado bipolar. Porque vario e saltito entre a felicidade e a tristeza, com uma facilidade repentina, como se os desejos só tivessem instantes para serem realizados e o enfraquecimento durasse para sempre.

Não é só culpa minha este estado... Todos à minha volta têm contribuído para ele. Mas ainda não percebi se estaremos todos a passar por alguma "mudança energética universal", ou se serei, realmente, só eu. Acredito muito mais na primeira hipótese, pelo que tenho observado, pelo que me tenho sentido influenciada. O que eu preciso é de encontrar uma solução para isto. Preciso de encontrar uma maneira de estar em mania quando todos estão, depressiva quando os outros estão também. Não necessariamente andar "ao sabor" dos outros, mas encaixar-me, conciliar-me.
Sim, este Estado de Antagonia precisa de conciliação! Para que os desejos eufóricos possam ser mais comedidos, para serem realizados com mais tempo e frequência. Para que as tristezas fundas flutuem mais à superfície, e possam ser ultrapassadas com um meio sorriso.

Vou ter que perceber melhor esta Antagonia, este antagonismo. Analisar bem, para que possa fazer um diagnóstico mais acertado. Quero iniciar um tratamento. Será que este Estado de Antagonia tem cura? Para quê o 8 e o 80, se eu gosto tanto de viver no 44?


2 comentários:

Anónimo disse...

"Preciso de encontrar uma maneira de estar em mania quando todos estão, depressiva quando os outros estão também. Não necessariamente andar "ao sabor" dos outros, mas encaixar-me, conciliar-me." Estas frases lembraram-me um filme, muito antigo para quem tem 25 anos, que se chama "Zelig", do Woody Allen.
Quando se tem 25 anos a última coisa que se deve desejar é ser um Zelig. Aos 25 anos somos agentes da mudança do Mundo, comandamos os sonhos porque qualquer sonho ainda pode ser realizado.

Anónimo disse...

Em qualquer idade se podem realizar sonhos claro, tem é que se ser corajoso e amar de verdade.