segunda-feira, abril 12, 2010

Tenho-te sem ti

Tenho-te na escuridão e no medo. Sei que te tenho só quando não és mesmo tu!
Porque beijas e abraças de uma forma instintiva, sem pensar. Quando pensas parece que cais na realidade. E queres sem querer, não queres, querendo.
Se demorasses mais tempo a cair na consciencia, eras meu por um maior espaço... de tempo. Mas depressa te lembras onde estás, com quem estás, e quem sou eu. Nesse momento tão rápido não queria ser eu. Seria apenas aquela que desejas na insconsciencia e no instinto. E só aí te teria na luz, sem medo!
Eu não sei porque me encontro, com tanta facilidade, com homens como tu, capazes de serem, normalmente, frios com o olhar. Como se a natureza vos tivesse moldado dessa forma. Na realidade, a vida moldou-vos dessa forma.
Porque são verdadeiramente quentes, com fogo no olhar. E eu não queria que fossem tão raras as vezes que me mostras esse olhar, sem medo.
Talvez leve tempo, confiança. Talvez noutro tempo, noutro lugar. Talvez possa esperar por ti em plena consciencia. Ou talvez tenha mesmo de ser assim, e só para mim é que são raros os momentos de olhos quentes. Talvez não sejam para mim destinados.
Procurarei outros, para ver na luz. Na escuridão terei sempre os teus: claros, novos, desejosos de viver!

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