terça-feira, junho 17, 2008

Sem palavras...

Ainda agora disse que estava sem palavras... E depois parece que as palavras surgem do nada...

De repente, alguém que não conhecia dá-me esperança, mostra-me a minha vida com a sua vida!


Ás vezes (muitas vezes ultimamente) tenho-me perguntado como é possível que pessoas com vida tão diferentes, tão distantes, possam viver, da mesma maneira, momentos, sentimentos, pessoas, tão iguais...


Leio tudo aquilo que poderia ter sido eu a escrever. Parecem-me palavras minhas, mas nao fui eu que as escrevi! São palavras que se lêm dentro de mim... E, pelos vistos lêm-se no intimo de mais pessoas!


Já te aconteceu? Ler exatamente o que estás a sentir? Se pensar bem, acho que é por isso que escrevo, para que te possas identificar com as minhas palavras!

Quando lia os livros da Margarida Rebelo Pinto, isso acontecia-me, apesar dos poucos anos de vida, dos poucos grandes momentos vividos. E agora voltou a acontecer... Mas com uma profundidade que pensei nao ser possivel! Porque sao pensamentos no momento exacto! Sentimentos descritos por alguém (não eu!), no momento exacto em que os estou a viver!



E começa com: "Às vezes (sempre) tenho saudades das nossas conversas ao telefone. Ouvir o teu sorriso, escutar o teu coração..." - Quantas vezes ouvi o teu sorriso? Quantas vezes ouviste as minhas lagrimas?
E acaba com: "...dizendo um simples "Olá", o que me bastaria para ficar contente durante mais uns tempos!" - Porque estás há tanto tempo sem dizer nada... E um "olá" bastava!

E entre o começo e o fim é a minha vida vivida por outro alguém!


Não consigo explicar porque fiquei sem palavras... Talvez porque "é daquelas coisas que não se explicam..."

1 comentário:

Anónimo disse...

Words 4 Daisy

Às vezes (sempre) tenho saudades das nossas conversas ao telefone. Ouvir o teu sorriso, escutar o teu coração. Tempos passados a futurar, com sonhos tão distantes para tão jovens. Voltamos a tentar, voltamos a sonhar e voltamos a separar. Dizem que à terceira é de vez, e eu sei, Margarida, que foges de mim todos os dias com medo dessa terceira vez, com medo de sonhares outra vez e de caíres por vez.

Se soubesses quanto amor tínhamos dar um ao outro...nem eu sei, é uma força desmedida, incrível e única... se soubesses o quanto eu estou disposto a esperar por ti, acreditando que é desta que as coisas vão-nos correr bem, sim, eu acredito, espero sem desesperar pois sinto que quanto mais tempo esperar, mais tempo ficaremos juntos, e eu acredito em promessas. Sei que vais demorar ainda muito mas o café está já frio, e eu qualquer dia fico velho e rezingão, sempre a falar mal da vida achando-a injusta até à tua chegada

Eu acredito que nos dias que correm, preciso de ti como nunca precisei, sinto o meu interior a quebrar cada dia que passa, algo cá dentro a dizer não demores a ser encontrado, antes que seja tarde, demasiado tarde e eu tenha perdido a vida com vitórias profissionais sem fins emocionais.
Todos os dias olho para a tua foto, olho para o teu sorriso, e tenho saudades que estejas comigo, com uma fita no cabelo e o azul dos teus olhos a entrarem nos meus dizendo um simples "Olá", o que me bastaria para ficar contente durante mais uns tempos. Beijos para ti, Margarida.